Com mais de 200 psiquiatras formados, HSM se consolida como referência em ensino e assistência em Psiquiatria

13 de agosto de 2021 - 09:55 # # # #

Assessoria de Comunicação do HSM
Texto e fotos:
Milena Fernandes


Residência em Psiquiatria do HSM é referência no Norte e Nordeste do País

O profissional é formado para aliviar o sofrimento emocional e os transtornos mentais de pacientes por meio da redução dos sintomas e da busca pelo bem-estar e pela saúde mental. Os especialistas estão aptos a prescrever medicamentos, realizar internações, formular diagnósticos, solicitar e interpretar exames laboratoriais. Eles também podem conduzir psicoterapias ou fazer indicações para esse tratamento.

No Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), cerca de 220 psiquiatras já foram formados na unidade. A Residência em Psiquiatria do HSM, que existe há 43 anos, é referência no Norte e Nordeste do País. “Atualmente, a área vem se tornando uma especialidade médica cada vez mais procurada, pois o paradigma que havia em participar de uma consulta psiquiátrica está aos poucos desaparecendo, enquanto a preocupação pelo autocuidado só cresce. Aliado a isso, vivemos em tempos agitados, com índices crescentes de casos de depressão e ansiedade, o que torna o médico psiquiatra mais importante do que nunca”, afirma a coordenadora da Residência, Nayanna Quezado.

A médica enfatiza que a especialização em Psiquiatria do HSM oferece ao médico generalista a possibilidade de desenvolver habilidades e conhecimentos, tornando-o capacitado para atender qualquer tipo de paciente portador de transtornos mentais. “É uma verdadeira imersão de aulas teóricas com atendimentos práticos durante um período de três anos, podendo se estender a quatro anos, no caso da Psiquiatria da Infância e Adolescência. O principal diferencial é sua vasta estrutura, que comporta diversos profissionais extremamente capacitados em ambulatórios gerais e especializados, realizando todos os tipos de atendimentos, com uma grade prática e teórica completa, permitindo ao profissional ter um desenvolvimento acadêmico gradual e eficiente para adentrar ao mercado de trabalho com excelência”, continua a psiquiatra.

Residência em Psiquiatria

A residente Loraine Matos, de 31 anos, conta que iniciou os estudos em 2020, em meio à pandemia da Covid-19. “O desgaste existe, é cansativo, mas é compensado com o que venho ganhando em conhecimento e amizades nesses últimos anos. O ambiente do hospital é muito acolhedor, os preceptores nos tratam com respeito e as dúvidas são sanadas sem o medo de sermos ridicularizados. A residência me permitiu encontrar profissionais nos quais me espelho e isso está sendo fundamental na minha formação. Tudo está sempre muito voltado para o aprendizado e o que é melhor para o paciente”, revela.


Na pandemia, um dos maiores desafios da Psiquiatria tem sido equilibrar a assistência e o autocuidado

O diretor clínico do HSM, Helder Gomes, que também foi residente em Psiquiatria no hospital, frisa que a unidade possui a única Emergência em Psiquiatria do Ceará, responsável pelo atendimento a pacientes com transtornos mentais graves, encaminhados de todos os municípios cearenses. “Além disso, a Psiquiatria no HSM atua nas enfermarias, onde são internados pacientes com os mais variados tipos de transtornos mentais; está presente também nos dois Hospitais-Dia, onde são acompanhados pacientes que não necessitam de internação, porém precisam de acompanhamento; na unidade de desintoxicação e nos 25 ambulatórios que desenvolvem temáticas diferentes, acompanhando pacientes com diagnósticos mais graves e que, na maioria das vezes, já precisaram de internação”, comenta.

Saúde mental e pandemia

O especialista ressalta que, desde o início da pandemia, tem sido observado um aumento da incidência de transtornos psiquiátricos. “Quem já tinha algum transtorno, desenvolveu um novo, e outras pessoas que nunca tinham apresentado algo mais intenso passaram a desenvolver um transtorno importante. Para atender nossos pacientes da melhor maneira, toda a equipe de psiquiatras esteve presente com atendimento integral. Além do atendimento presencial introduzimos no HSM o atendimento online, a telemedicina, de uma forma que não deixamos os pacientes desacompanhados em nenhum momento”.

A psiquiatra Camila Bonfim, que também foi residente do HSM, trabalha atualmente em diversos setores da unidade hospitalar. No período mais crítico da pandemia foi necessário enfrentar novos desafios. “A pandemia afetou todas as pessoas e nos fez olhar para dentro de nós mesmos, humanizando os profissionais da Saúde. Um dos maiores desafios tem sido o de equilibrar a assistência e o autocuidado. As relações de trabalho em todas as áreas precisam ser revistas e cuidadas e a atenção à saúde mental, que nunca foi supérflua, tem se tornado mais urgente”, avalia a médica.

Sobre as alegrias da profissão, a psiquiatra destaca, com emoção, as possibilidades de visitar tantas histórias e de aprender diariamente com cada pessoa. “A Psiquiatria é um grande exercício de empatia e amor. Fico muito feliz de poder participar de processos de transformação pessoal. Além disso, a Psiquiatria é um convite potente para pensar cada ser humano como agente transformador de sua realidade. A partir de cada processo, sinto que cresço como ser humano, evoluindo na forma de pensar e de agir, respeitando ainda mais as existências em minha volta. Vejo a Psiquiatria como pujante ferramenta de transformação pessoal e social, o que mobiliza meu fazer a cada intervenção”, define Bonfim.