Mamografia auxilia o diagnóstico precoce do câncer de mama; IPC tem capacidade para 40 exames diários via Central de Regulação
30 de junho de 2022 - 10:05 #Câncer de mama #Ceará #Instituto de Prevenção do Câncer #Mamografia #saúde
Assessoria de Comunicação da Sesa
Arte gráfica: Josias Jeronimo
Instituto de Prevenção do Câncer é equipado com mamografo digital para qualificar a assistência a pacientes encaminhadas via Central de Regulação
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo. No Brasil, cerca de 685 mil óbitos ocorreram pela doença em 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o que suscita importantes reflexões em torno da patologia. Desta forma, a realização da mamografia e a atenção a sinais sugestivos da doença contribuem para o rastreamento e o diagnóstico precoce, podendo auxiliar condutas médicas adequadas em tempo hábil e possibilitar que cirurgias mais conservadoras sejam realizadas.
Por meio do exame, que corresponde a um raio-x das mamas, torna-se possível identificar a presença de nódulos antes mesmo que sejam palpáveis no toque físico, além de microcalcificações suspeitas de malignidade. Nesse sentido, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) segue fortalecendo a assistência por meio da descentralização do atendimento.
Equipado com mamógrafo digital, o Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), unidade vinculada à pasta, possui capacidade para realizar até 40 exames diários. As pacientes são encaminhadas ao equipamento via Central Estadual de Regulação. Simultaneamente, as policlínicas regionais estão aptas à realização da mamografia – também via encaminhamento.
“Existem controvérsias, mas considera-se que a mamografia é um exame que, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil, pode ajudar a reduzir a mortalidade de mulheres diagnosticadas com a doença em até 20%”, informa a diretora médica do IPC, a ginecologista Christina Benevides.
A mamografia de rotina é recomendada uma vez a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos, conforme preconizam as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nessa etapa da vida, há uma alta prevalência do câncer de mama. O benefício de examinar esse grupo a cada dois anos compensa o custo da realização do exame. O diagnóstico precoce pode proporcionar redução da mortalidade”, acrescenta Benevides.
Segundo a ginecologista, após receber o laudo, a paciente deve apresentá-lo ao médico solicitante, que determinará a conduta a ser seguida. “No entanto, quando a nossa unidade detecta lesões suspeitas, as psicólogas da nossa equipe entram em contato com a usuária e oferecem todas as orientações necessárias. Nesses casos, os direcionamentos passam a ser realizados aqui, internamente”, pontua.
Investigação
Diante de sinais e sintomas sugestivos, a exemplo de nódulos percebidos por meio da autopalpação, a unidade básica de saúde mais próxima deve ser procurada. Nesse local, profissionais de saúde capacitados para avaliação dos casos suspeitos deverão orientar e encaminhar adequadamente a paciente.