Entenda o papel da Central de Regulação da Saúde do Ceará no acesso à assistência

21 de fevereiro de 2022 - 12:02 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e foto: Letícia Maia
Artes gráficas: Iza Machado


Equipamento realiza a gestão entre os usuários que necessitam de assistência e os recursos disponíveis para atendê-los

Garantir o acesso adequado à Saúde é um desafio que demanda organização e estratégia. Para cuidar do cidadão de maneira justa e equânime, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) executa, por meio da Central Estadual de Regulação, a gestão entre as pessoas que necessitam de assistência e os recursos disponíveis para atendê-las.

“Quando a busca por consultas, internações e exames especializados é superior ao número de prestadores de serviço, torna-se necessário identificar o nível de prioridade de cada paciente e direcionar, dentro do possível, a pessoa certa, no momento certo, à unidade assistencial certa”, explica Allan Denizard, médico regulador da Central Estadual.

Diante de problemas de saúde de baixa complexidade, ou seja, quando não há riscos à vida, o posto de saúde mais próximo, vinculado à atenção primária, deve ser a porta de entrada para uma consulta e uma análise iniciais. Em casos mais graves, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) acolhem as demandas espontâneas de urgência e emergência.


“Algumas doenças podem ser facilmente resolvidas com recursos de apoio ao diagnóstico e alternativas multiprofissionais. No entanto, mesmo diante do cuidado ambulatorial, alguns casos evoluem e precisam ser avaliados por um médico especialista”, pontua.

Os encaminhamentos obedecem a protocolos específicos. “O médico vai preencher um formulário com as informações do prontuário eletrônico e esclarecer o nível de gravidade do paciente, que, automaticamente, entra em uma lista de pessoas com necessidades semelhantes”, afirma.

Territorialização

Uma vez registrado, cada caso é inicialmente analisado, de forma virtual, por médicos reguladores especialistas. Durante o processo regulatório, visualiza-se a rede hospitalar de todo o Estado. “Nós temos um olhar para os nossos 184 municípios. O objetivo é fazer que casos mais urgentes sejam presencialmente acolhidos com maior celeridade, considerando, inclusive, os princípios da territorialização. Ao identificar a prioridade de cada situação, o paciente será agendado e poderá ser encaminhado a uma policlínica, a um consórcio existente ou a uma unidade assistencial diretamente ligada à Sesa”, detalha.


Denizard descreve, ainda, como ocorre a regulação hospitalar diante de situações emergenciais em que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é acionado. “Nesses casos, também são identificados os riscos envolvidos nos chamados. O regulador do Samu tem acesso à rede assistencial que está a postos para acolher urgências em que o paciente está necessitando de cuidados hospitalares. O objetivo é lidar com as situações de maneira ágil, coerente, objetiva e bem elaborada”.