Amor entre pais e filhos muda sonhos e transforma vidas

9 de agosto de 2019 - 14:49 # # # #

Assessoria de Comunicação do Hias - Diana Vasconcelos

No próximo domingo, 11 de agosto, celebra-se o Dia dos Pais. No Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Estado do Ceará, é possível encontrar pais que abriram mão de sonhos para cuidar dos filhos e fizeram da nova vida um aprendizado.

A pequena Maria Eduarda, de nove anos, é acompanhada pelo Hospital Infantil Albert Sabin desde bebê. Nascida com o mesmo problema genético que o pai dela, o radialista Damião Pereira de Almeida, a menina não cresceu em altura tudo que a idade permite. Em 4 de agosto, por recomendação da ortopedia do Hias, foi submetida a um procedimento cirúrgico. “Eu que acompanhei, é minha filha. Acompanhei também todas as consultas. É justo, minha esposa fica em casa, descansando, e venho com ela” afirmou Damião.

Maria Eduarda teve de fazer o alongamento dos dois fêmures, para evitar problemas mais graves de coluna. A família mora em Jijoca de Jericoacoara e vem ao Hias regularmente. “No começo pensei que não fosse aguentar vir, sou muito chorão, muito emotivo. Mas sou o pai, tenho responsabilidades e me sinto muito mais próximo da minha filha agora”, contou.

Damião pôde, na última quarta-feira (7), conhecer os outros pais que acompanham filhos no Hias e participar de um café da manhã preparado especialmente para eles, em celebração ao Dia dos Pais. “Foi bom conhecer (outros pais). Pena que ainda somos poucos aqui”, ressaltou.

Para acompanhar o tratamento do filho, Robério Vieira Abrantes mudou de cidade e também de emprego. “Larguei meu emprego, deixamos nossa casa, pedimos ajuda e viemos morar perto do Albert Sabin. Faço tudo pelo meu filho”, disse o hoje funcionário da equipe de limpeza do Hias.

Naturais de Tauá, município localizado a 337 km de Fortaleza, Robério, a esposa e os dois filhos decidiram mudar-se para a capital cearense há quase 10 anos, logo após o nascimento do caçula, Robert. Com paralisia cerebral, a criança teve algumas sequelas ocasionadas pelo problema de saúde. “Passou oito meses internado. Fez traqueostomia e gastrostomia. Mas aí o hospital nos deu a chance de levar nosso filho para casa, mas pelo PAD (Programa de Assistência Domiciliar)”, disse.

No início do tratamento, a família passou a viver do benefício recebido por Robert e dos picolés vendidos nos arredores do hospital. Até que um dia, há sete anos, Robério passou a trabalhar como zelador. “Valeu a pena. Nenhum pai quer ver rum filho assim. Hoje me emociono de alegria por chegar em casa e ver ele bem”, contou.

Diálogo como médico e pai
A paternidade também está do outro lado do atendimento do Hias. O pneumologista pediátrico Bernardo Júnior, por exemplo, afirma ter evoluído como médico após ter se tornado pai. “Eu tenho três filhos, hoje sinto que além de consultar, oriento e converso muito mais com os pais, sobre tudo, evolução dos filhos, o que assistem, como se alimentam. Porque sei como eles se sentem”, disse Bernardo que atua no Albert Sabin desde 2004, quando entrou na residência médica da unidade.

Além do amor aos filhos, um fator unânime entre os três pais é o tempo dedicado a eles. “Sempre que tenho tempo livre é com eles, no fim de semana a gente sempre passa tempo juntos, ver um filme conversar”, disse o médico pediatra, destacando o convívio familiar fundamental para o fortalecimento dos laços com os filhos.