Sesa lança Política Estadual de Saúde e Linha de Cuidado à Pessoa com Doença de Alzheimer, em seminário
24 de setembro de 2024 - 17:06 #Demência #Doença de Alzheimer #Linha de Cuidado #neurologia #políticas públicas
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e Fotos:Kelly Garcia
Segundo a secretária executiva, Vaudelice Mota, a Política Estadual e a Linha de Cuidado à Pessoa com Doença de Alzheimer serão implementadas, inicialmente, na Superintendência Regional do Litoral Leste
A Saúde do Ceará realizou, nesta terça-feira (24), o Seminário de Atenção à Pessoa com Doença de Alzheimer e outras Demências. O evento ocorreu no auditório Waldir Arcoverde, no Nível Central da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Na ocasião, também foram apresentadas a Política Estadual de Saúde e a Linha de Cuidado à Pessoa com Doença de Alzheimer. O objetivo dos documentos é orientar famílias, cuidadores e profissionais de saúde sobre a doença.
De acordo com a secretária executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde da Sesa, Vaudelice Mota, a Política Estadual e a Linha de Cuidado à Pessoa com Doença de Alzheimer serão implementadas, inicialmente, na Superintendência Regional do Litoral Leste. “Estaremos qualificando os profissionais da atenção primária, como médicos, enfermeiros e agentes de saúde, para que eles possam diagnosticar precocemente as pessoas com tendência a desenvolver a doença e assim retardar mais as complicações”, disse.
A região foi escolhida por ser a mais próxima de Fortaleza e por estar participando do Programa De Braços Abertos. “Queremos expandir, posteriormente, para todas as superintendências regionais da Saúde e já estamos identificando os idosos que estarão sendo beneficiados com essa linha de cuidado. Devemos dar vários passos importantes até o final deste ano”, explica.
O médico neurologista e coordenador do ambulatório de neurologia cognitiva e do comportamento do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Norberto Frota, palestrou no evento sobre o “Cenário do Alzheimer e outras doenças no Ceará”. Em sua fala, destacou que a doença, hoje, é a principal causa de demência no Brasil e no Ceará. “A doença de Alzheimer atinge cerca de 150 mil pessoas no Ceará. Por isso, a importância de se fazer uma linha de cuidado, para que existam mais diagnósticos, assim como o acesso a remédios e abordagens de reabilitação que venham a diminuir o estresse familiar”, destacou.
A prevenção da doença acontece, essencialmente, na atenção primária. “Faz parte da prevenção, evitarmos outras condições, como a hipertensão, diabetes, colesterol alto, assim como o tabagismo e a falta de atividade física”, ressalta.
Para a presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Elcyana Carvalho, o lançamento dessa política e da linha de cuidado devem contribuir para a melhora da assistência a esses pacientes. “Esse é um momento memorável porque será possível capacitar profissionais nos lugares mais distantes. E esse plano irá ajudar também aos cuidadores, que, muitas vezes, adoecem também, pela falta de uma rede de apoio”, pontua.
A coordenadora de Políticas da Gestão do Cuidado Integral à Saúde da Sesa, Luciene Alice, destacou, durante apresentação, que o Ceará é um dos estados que têm condições de executar essa política, graças à sua estrutura. “Temos uma rede com policlínicas por todo o interior do Estado, que facilita a realização de exames, com tomógrafos, aparelhos de ressonância magnética e toda uma estrutura, que assegura esse cuidado”.
A coordenadora de Políticas da Gestão do Cuidado Integral à Saúde da Sesa, Luciene Alice, destacou, durante apresentação, que o Ceará é um dos estados que têm condições de executar essa política
O evento ainda contou com a presença da coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Lígia Gualberto; do promotor de Justiça em Defesa da Pessoa Idosa do Ministério Público do Ceará, Alexandre de Oliveira, da coordenadora auxiliar do Centro de Apoio Operacional da Saúde, Isabel Porto; além de representantes dos conselhos de saúde.
Sobre a doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória e pelo comprometimento progressivo das atividades de vida diária. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. Essa é a forma mais comum de demência em pessoas idosas.
O primeiro sintoma é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.