Oficina elabora Plano Estadual de preparação a emergências em Saúde Pública no Ceará
17 de abril de 2024 - 17:39 #Desastres Naturais #Enchente #Seca #vigilância #vigilância em saúde #vigilância epidemiológica
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e Fotos: Kelly Garcia
A programação tem o objetivo de construir o Plano Estadual de Preparação, Vigilância e Respostas às emergências em Saúde Pública no Ceará
O Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realiza, em Fortaleza, a Oficina de Preparação, Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública. O evento teve início nesta quarta-feira (17) e segue até esta quinta-feira (18), no Hotel Vila Galé, na Praia do Futuro.
Promovida pelo Departamento de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, a programação tem o objetivo de construir o Plano Estadual de Preparação, Vigilância e Respostas às emergências em Saúde Pública no Ceará, assim como estimular a discussão sobre desafios comuns e promover soluções inovadoras entre os representantes dessa área no Estado e nos municípios.
Iniciativa foi voltada aos profissionais dos Núcleos de Vigilância Hospitalar, do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, do Programa Vigidesastres, das áreas técnicas da vigilância em Saúde e Assistência, assim como diversos setores que atuam nas ações de preparação, vigilância e resposta às emergências em saúde pública. Entre eles, o Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), entre outros.
Na abertura do evento, o médico e assessor da Superintendência da Região de Saúde de Fortaleza (SRFOR) da Sesa, Lino Alexandre, destacou a importância das parcerias para a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). “A vigilância tem que ser ampla e incluir a saúde, o trabalho e o ambiente e temos que estar atentos ao fato de que, à medida que produzimos desenvolvimento, também produzimos adoecimento. Então, precisamos ter esse olhar ampliado sobre a vigilância, com a parceria de várias instituições, porque, muitas vezes, uma hipertensão não está ligada apenas à saúde, mas ao aumento da violência, por exemplo”, disse.
O coordenador-geral da Vigilância das Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Edenilo Barreira, esclareceu que um dos focos dessa oficina no Ceará é desenvolver a capacidade de resposta, especialmente, nos fenômenos naturais. “Entendemos que o Ceará já tem uma estrutura para responder a estiagens e outros eventos climáticos, já que o Estado tem cerca de 90% do seu território no semi-árido. Mas temos que nos preparar para isso na perspectiva do setor da Saúde, assim como para as arboviroses”, ressalta.
O coordenador-geral da Vigilância das Emergências em Saúde Pública do MS, Edenilo Barreira, esclareceu que um dos focos dessa oficina é desenvolver a capacidade de resposta, nos fenômenos naturais
Para o assessor da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig) da Sesa, Osmar Nascimento, a oficina contribui para uma reflexão mais aprofundada sobre a mudança no lugar de ocorrência de algumas doenças, assim como eventos relacionados aos desastres naturais. “Temos que estar preparados para o novo e sempre atentos para monitorar as mudanças de padrão das doenças que já conhecemos. Além disso, temos a questão da exploração de minérios e a socialização com os servidores de todas as regionais, para uma troca de conhecimento”, destaca.
Segundo o técnico de Vigilância em Saúde Ambiental e Sanitária da Coordenadoria da Área Descentralizada de Saúde (COADS) de Caucaia, Marcos Cabral, a oficina irá ajudar no planejamento das ações naquela região. “Atualmente, temos quatro municípios da nossa área passando por enchentes: Caucaia, Itapajé, Tejuçuoca e São Gonçalo do Amarante, inclusive com óbitos. Então, a nossa expectativa é contribuir para amenizar a vulnerabilidade das pessoas que estão passando por esse tipo de evento, com a vigilância e monitoramento da qualidade da água. A capacitação sempre é importante”, pontua.