Criança recebe alta após dois anos de internação e é homenageada por equipe do HGWA
21 de fevereiro de 2024 - 11:54 #corredor de palmas #HGWA #humanização #internação #pediatria
Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão
A mãe Ana Carolina, com o pequeno Davi, momentos antes da alta da UCE Ped
Uma alta médica emocionou os profissionais de saúde da pediatria do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nesta quarta-feira (21). Após dois anos de internação na Unidade de Cuidados Especiais (UCE) do equipamento, o pequeno Davi Lucas Santos da Costa, de dois anos e quatro meses, recebeu a esperada liberação para casa. O momento rendeu uma salva de palmas na hora da despedida da mãe e do filho.
A cuidadora Ana Caroline, mãe do pequeno Davi, relembra a evolução do pequeno, que hoje precisa de auxílio de ventilação para respirar. Ela conta que o bebê saiu da maternidade aos quatro meses de vida, quando sofreu paradas cardíacas e intubações. Eles chegaram no HGWA em dezembro de 2021 e tratam no local as complicações causadas por uma doença neurodegenerativa hereditária rara chamada de síndrome de Leigh. Com a evolução do caso, a partir de agora o menino será acompanhado pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) da unidade.
O quarto de Davi está preparado para receber o pequeno em casa
“Estou muito feliz. Mais de um ano preparando o quarto, que terá tema do Harry Potter, agora um sonho que era bem possível. Está tudo adaptado, recebemos os aparelhos que o Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar (PAVD) fornece. Agora é outra realidade! Aqui é como uma família, mas não é nossa casa. Agora, pelo trabalho da equipe, vamos para nosso lar“, comemora Carolina.
A equipe de profissionais de saúde fez questão de registrar o momento da saída do paciente
A médica pediatra Carolina Parente, que acompanhava Davi na unidade, explica que a doença afeta o sistema nervoso central. “A síndrome foi diagnosticada aqui no hospital. Inicialmente ele não dependia da necessidade de aparelho para respirar, mas com o passar dos meses ele necessitou desse suporte, além de tratar de outras intercorrências que surgiram. Essa alta é reflexo da preparação de mãe e filho para ir para casa. Como a mãe é a principal cuidadora, ela também precisa estar preparada para cuidar do paciente em casa, já que são muitos medicamentos, procedimentos e administração de dietas que necessitam desse apoio que ela dará”, detalha.
A fisioterapeuta Adília Espíndola, que atua na UCE pediátrica, expressa a emoção por fazer parte da equipe que atuou nos cuidados do paciente durante a internação. “Em dois anos tivemos muitos momentos, sempre trabalhando em prol da evolução dele. Ele é muito amado, vai viver em casa diante das possibilidades dele, e, sem dúvida, será feliz. Estou com o sentimento de dever cumprido”, conclui.