Helv atinge a marca de 13 mil procedimentos cirúrgicos eletivos e 29 mil consultas ambulatoriais

26 de dezembro de 2022 - 16:53 # # # # # #

Assessoria de Comunicação do Helv
Texto e fotos: Isabelle Azevedo
Arte gráfica: Iza Machado


Os procedimentos cirúrgicos mais realizados são aqueles em que há uma grande demanda na rede pública estadual

O Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), alcançou a marca de 13 mil procedimentos cirúrgicos realizados nas áreas de Otorrinolaringologia, Urologia, Ortopedia, Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. A instituição somou ainda mais de 29 mil consultas ambulatoriais.

Os dados correspondem ao período de outubro de 2020 a dezembro de 2022, com ressalvas aos meses em que as cirurgias eletivas foram suspensas por causa do aumento nos casos de covid-19. Somente em 2022, foram realizados 7.545 procedimentos cirúrgicos nas diversas especialidades, incluindo 639 de urgência realizados pela Cirurgia Geral em pacientes encaminhados pela Central de Regulação do Estado.

O diretor-geral do Helv, Emídio Teixeira, explica que o resultado é fruto do compromisso das equipes que possuem um planejamento cirúrgico capaz de pensar o primeiro atendimento ambulatorial, os exames, a internação, a cirurgia, a alta e o pós-operatório. “Tudo é feito de uma forma muito decisiva e assertiva em cada passo e em cada tratamento”, afirma.

Teixeira destaca ainda o engajamento dos profissionais em atender a uma crescente necessidade da sociedade. “A demanda existia e foi crescente com a pandemia de covid-19. Com isso, as especialidades viram como poderiam prestar esse serviço da melhor forma possível. Esse engajamento, esse ‘vestir a camisa’, esse foco nas metas foram o grande diferencial que fizeram com que chegássemos a essa marca das 13 mil cirurgias neste período de dois anos”, pontua.

O coordenador médico do Bloco Cirúrgico, Wlademir Roriz, explica que os números mostram o esforço do Helv em conseguir montar um serviço qualificado, com respostas rápidas aos usuários e com alto grau de resolutividade. “É um processo de trabalho no qual a gente preza pela qualidade e segurança, mas também pela celeridade. Sabemos que essas pessoas, mesmo antes da pandemia, já estavam em filas cirúrgicas. Então, um dos nossos pilares é a agilidade, trazendo uma maior satisfação a esses pacientes”, avalia.

Procedimentos


Operada do joelho, a dona de casa Dalvanice espera ganhar mais qualidade de vida

Roriz destaca que os procedimentos cirúrgicos mais realizados no Helv são aqueles em que há uma grande demanda na rede pública estadual, como as colecistectomias, tendo sido realizadas 1.021 no período; hernioplastias (1.101); a artroplastia de quadril (423); artroplastia de joelho (146); prostatectomias (311); extração de cálculo renal (780); prostatectomias (311); nefrolitotomia percutânea (287); turbinectomias (1.286); amigdalectomia (997); septoplastias (901) e mastoidectomia radical e subtotal (183).

A dona de casa Dalvanice Ferreira de Souza, 72, veio de Itapajé, a 116 km de Fortaleza, para realizar a cirurgia no joelho que aguardava há três anos. O problema a impedia de executar atividades diárias como ficar em pé muito tempo para lavar a louça. “Eu tenho reumatismo, artrose e artrite. Doía muito o joelho. Tinha dia em que eu quase não andava”, conta. Com a cirurgia de artroplastia total de joelho, realizada na terça-feira (20), ela espera finalmente melhorar e ter qualidade de vida. “Vai ficar tudo ótimo”, diz a paciente otimista com o resultado.

As intervenções da Otorrinolaringologia têm se destacado no Helv, chegando a suprir, por um momento, a demanda reprimida de amigdalectomias no Estado. Maria de Fátima Sousa Guimarães, 70, foi uma das pacientes atendidas pelo serviço. Ela foi submetida em agosto de 2022 a uma cirurgia para correção do Edema de Reinke, problema caracterizado por acúmulo de material gelatinoso no interior das cordas vocais em decorrência do uso excessivo do cigarro. A situação deixava a paciente com uma voz bem grave. “Eu tinha muita tosse e falava grosso que nem homem. Tinha muita vergonha”, descreve a dona de casa.

A coordenadora médica do Serviço de Otorrinolaringologia, Débora Lima, explica que a cirurgia foi realizada por meio de endoscopia e microscopia, na qual foi feito um reparo da corda vocal. “Removemos o tecido gelatinoso e o posicionamos em um local mais adequado. O paciente fica sete dias em repouso e quando vai voltar a falar, consegue emitir o som de uma forma melhor. A voz dela era mais grave e acabou ficando mais aguda”, comenta a médica.

Perfil

O Hospital Estadual Leonardo Da Vinci foi adquirido em dezembro de 2020 pelo Governo do Ceará para o enfrentamento à covid-19 e hoje se firma com um perfil cirúrgico. “Acreditamos que dessa forma estamos contribuindo para a rede de saúde do Estado no atendimento à alta demanda de cirurgias e de tantos pacientes que aguardam um procedimento”, avalia o diretor-geral do Helv, Emídio Teixeira.

Contando, atualmente, com nove salas de cirurgia, a unidade vem investindo no desenvolvimento e na revisão de fluxos e protocolos, como explica o coordenador médico Wlademir Roriz. “Para 2023, estamos visualizando uma melhoria dos nossos processos internos, otimizando o que só depende da gente, tanto na parte estrutural quanto organizacional, possibilitando um aumento em torno de 10 a 20% na atividade cirúrgica. Há uma perspectiva, também, de ampliação de serviços e realização de procedimentos de maior complexidade”, pontua.