Semana da Voz do Helv reúne especialistas para debater saúde vocal

16 de abril de 2024 - 16:27 # # #

Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual Leonardo Da Vinci
Texto e fotos: Isabelle Azevedo

Evento reuniu gastroenterologista, cirurgião de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos em debate sobre a saúde vocal

O Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), reuniu especialistas nesta terça-feira (16), Dia Mundial da Voz, durante a palestra “Diálogos Vocais, conectando o gastroenterologista, cirurgião de cabeça e pescoço, otorrinolaringologia e fonoaudiologia”. A proposta foi debater sobre as principais doenças vocais e as formas de tratamento. A ação fez parte da 3ª Semana da Voz do Helv.

O evento contou com a presença do otorrinolaringologista Erik Frota Haguette (diretor técnico-médico da OTOS Clínica de Otorrino e diretor-fundador do Lasercentrum); do cirurgião de cabeça e pescoço e coordenador do Serviço de Cirurgia Crânio-maxilo-facial do Hospital Universitário Walter Cantídio, Márcio Studart; do fonoaudiólogo especialista em voz pela Universidade de Fortaleza, Tiago Aguiar; da coordenadora do serviço de Fonoaudiologia do Helv, Wigna Raissa Leite Matias; da coordenadora do serviço de Otorrinolaringologia do Helv, Débora Lima; e da gastroenterologista pelo Hospital Geral de Fortaleza e preceptora da Residência de Clínica Médica do Helv, Renata Leitão.

Alterações na saúde vocal como rouquidão persistente por mais de duas semanas, dificuldade para engolir, dificuldade para falar, percepção de alterações do volume da voz são sintomas que merecem atenção e devem ser investigados. “Toda rouquidão por mais de duas semanas tem a indicação de fazer uma laringoscopia. As disfonias agudas, como a pessoa que foi para um show e ficou rouca ou ficou gripada e está sem voz… Isso não precisa. Provavelmente é uma laringite aguda e vai resolver. Mas se os sintomas persistem depois de duas semanas, deve fazer a laringoscopia”, explica o otorrinolaringologista Erick Haguette.

Profissionais acompanharam a palestra na praça do piano do Helv

A gastroenterologista Renata Leitão explica ainda que muitas pessoas acreditam que a rouquidão está associada com a doença do refluxo. “Existe um mito de que toda a rouquidão precisa fazer um tratamento para a doença do refluxo e, muitas vezes, patologias mais graves do que a doença do refluxo são deixadas de lado. Nesse caso, a importância do gastroenterologista é de investigar realmente se aquela rouquidão pode ser ou não sintoma atípico de doença do refluxo e na persistência dos sintomas ou na ausência de um diagnóstico definitivo, encaminhar esse paciente para um otorrino, para a laringoscopia, para uma avaliação complementar”, explica a médica.

O cirurgião de cabeça e pescoço Márcio Studart, que coordena o Serviço de Cirurgia Crânio-maxilo-facial do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que foi importante associar a especialidade ao evento. “Junto ao otorrino, o cirurgião de cabeça e pescoço passa a dar uma noção maior das doenças, principalmente as doenças malignas da laringe e da faringe, como fatores causais, tipos de tratamento, alternativas de tratamento e o que se espera dos tratamentos. Tudo isso associado à presença dos fonoaudiólogos, em relação à qualidade de voz”, diz.

Aliada no tratamento da rouquidão, a fonoaudiologia trabalha a fonoterapia de acordo com cada paciente. É o que explica o fonoaudiólogo Tiago Aguiar. “Trabalhamos muito com técnicas que tem a vibração de mucosa como prioridade para fazer a diminuição desse edema e trazer uma qualidade vocal mais limpa, com menos rouquidão”, afirma o profissional.

A 3ª Semana da Voz do Helv segue até quinta-feira (18), com atividades para os trabalhadores da unidade.