Parceria entre HGWA e Instituto Latino Americano de Sepse amplia debate sobre a importância do protocolo contra a infecção

10 de junho de 2022 - 09:25 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão


Diagnóstico de sepse depende de avaliação clínica e laboratorial criteriosa para identificar e tratar a doença subjacente que deu origem ao processo infeccioso

O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), finaliza, no próximo mês de julho, a consultoria recebida do Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas). A parceria teve como objetivo fomentar a importância de disseminar, na unidade, o protocolo para evitar ou tratar as manifestações no organismo decorrentes de infecção – ou infecção generalizada, como hoje é conhecida a sepse.

O caso da vendedora Rúbia Carolinne, 23, é um dos que exemplificam como a abertura de um protocolo de sepse pode trazer benefícios ao tratamento. Ela foi internada grávida no HGWA, transferida de Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com sintomas de infecção no trato urinário. Em seu segundo dia no hospital, foi constatado aumento da infecção e, consequentemente, iniciado o procedimento recomendado para ocorrências do tipo.

“Eu procurei ajuda médica pois senti uma dor do lado direito. Para mim, era apenas uma infecção urinária, mas, depois, fiquei sabendo que passou para o sangue, quando iniciei o tratamento com antibióticos. Fui muito bem tratada. Eu e meu bebê saímos bem, graças a Deus”, diz.

Benchmarking

Cristiane Araújo, enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), é responsável por gerenciar o protocolo de sepse no HGWA. Ela conta que a procura pelo Ilas foi, principalmente, pela condição de melhorias por meio do benchmarking. “Isso nos trouxe um ganho na análise dos nossos resultados. Essa sistematização contínua é muito importante. Essa disseminação contribui para uma alta adesão ao pacote do protocolo de sepse, contribuindo para um tratamento ainda mais eficaz. Mensalmente, recebemos um relatório no qual são apresentados os indicadores, em que traçamos estratégias envolvendo Direção, gestores e profissionais de saúde para salvar vidas e dar a melhor assistência ao paciente que está conosco”, destaca Araújo.

Um dos próximos passos é manter os benefícios da parceria, dentre eles, a ampliação do protocolo para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Outra ação que deve permanecer é a continuidade das campanhas sobre o tema. “No início, nós fizemos campanha hospitalar, treinamento de todos os técnicos, enfermeiros e médicos sobre os primeiros sinais, fluxo para a abertura do protocolo, além da realização das campanhas anuais, com divulgação de folders e informativos com relatórios internos sobre a sepse”, lembra a enfermeira.

Sintomas

Os sintomas de sepse variam de acordo com o grau de evolução do quadro clínico. Os mais comuns são: febre alta ou hipertermia, calafrios, baixa produção de urina, dificuldade para respirar ou respiração acelerado, ritmo cardíaco intenso, agitação e confusão mental.

O diagnóstico de sepse depende de avaliação clínica e laboratorial criteriosa para identificar e tratar a doença subjacente que deu origem ao processo infeccioso. Com o paciente internado, a suspeita pode ser relatada por meio do profissional de saúde, que abre o protocolo. O diagnóstico final é de responsabilidade do médico.