Seguir orientações médicas e adotar medidas de controle ambiental são fundamentais para evitar crises de asma

3 de maio de 2022 - 11:11 # # # #

Assessoria de Comunicação do HM
Texto: Jéssica Fortes
Artes gráficas: Priscila Lima

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas muito recorrente e pode manifestar-se em qualquer idade, sendo mais comum na infância. Responsável por 350 mil internações anualmente, a doença atinge em torno de 10% da população mundial, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). No entanto, é possível diminuir as crises e, consequentemente, as hospitalizações – mediante orientações médicas e adotando medidas de controle ambiental.

Neste 3 de maio, Dia Mundial de Combate à Asma, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), ressalta a importância de informar a população sobre a doença que, apesar de não ter cura, pode ser controlada e tornar-se menos aguda.

Embora a causa exata da asma ainda seja desconhecida, acredita-se que um conjunto de fatores, genéticos (histórico familiar de alergias respiratórias, como asma ou rinite) e ambientais, podem ser responsáveis pelo seu surgimento.

Sintomas

Quando pacientes com asma são expostos a situações desencadeadoras, ocorre uma reação que lhes causa estreitamento ou obstrução das vias aéreas, levando à limitação do fluxo de ar e aos sintomas característicos. As principais manifestações são: chiado no peito, tosse, respiração rápida e curta, dificuldade para respirar e desconforto torácico.

“O principal fator desencadeante de crises e sintomas é a exposição a produtos irritantes, como pólen, mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, gases químicos, inseticidas, poeiras e até determinados alimentos. Resfriados, gripes, estresse emocional, além de prática de alguns exercícios sem acompanhamento profissional, também podem despertar crises asmáticas”, exemplifica a pneumologista e coordenadora do Programa de Controle da Asma Grave e de Difícil Controle do HM (Procam), Isaura Espínola.

Tratamento

Quando tratados de forma adequada, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. É fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante. Além dos medicamentos, são necessárias medidas educativas associadas ao controle dos fatores que disparam a crise de asma.

Durante o período de chuvas, aumentam os casos de síndromes gripais, sendo de extrema importância que os pacientes mantenham seus tratamentos e não descontinuem as medicações. “Pacientes com asma grave precisam ter cuidado redobrado; é indispensável manter os tratamentos e o cartão de vacinas sempre atualizado”, indica Espínola.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito por meio de anamnese, ou seja, uma entrevista com um médico. Por isso, é necessário procurar assistência ao se deparar com alguns dos sintomas iniciais. Em crianças de até cinco anos, o exame clínico é a principal forma de diagnóstico. Entretanto, é sempre recomendado realizar a prova de função pulmonar para classificar a gravidade da doença.

Procam

O Programa acompanha mais de dois mil pacientes adultos, encaminhados pela Central Estadual de Regulação. Uma equipe de profissionais trata e orienta os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com problemas mais complexos relacionados à asma.