Hias estrutura atendimento para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual

5 de maio de 2021 - 14:38 # # # #

Assessoria de Comunicação do Hias
Texto:
Eduarda Talicy
Artes gráficas: Iza Machado

O cuidado e atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual perpassam diversos aspectos durante o acolhimento em uma unidade de emergência. E é pensando neste atendimento de forma integral que o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) se tornou mais uma das das unidades da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) a integrar a Rede de Atenção à Mulheres, Adolescentes e Crianças. No Hias, foi criado um protocolo formal que abrange todas as especificidades e proteção de direitos durante este cuidado.

Nomeado Pontos de Luz, o projeto da Sesa conta com equipamentos que atuam em articulação intersetorial para auxiliar, também, na proteção e prevenção de novas situações de agressão. De acordo com Luna Celedônio, coordenadora do Serviço Social do Hias e responsável pela aplicação do projeto na unidade, o hospital terá atendimento emergencial multidisciplinar 24 horas por dia durante sete dias da semana.

Na ocasião, será garantida desde a atenção imediata ao evento — com acolhimento, profilaxias de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV, contracepção de emergência, orientações sobre a rede de segurança e proteção social até o encaminhamento para acompanhamento nas unidades da rede de apoio.

“Nós já realizamos este tipo de atendimento, mas agora, com a adoção desses protocolos, a gente tem algo mais palpável. A ideia é que toda a equipe multiprofissional que faz o atendimento dessa criança tenha uma metodologia guiada de como conduzir, de como fazer com que essa criança seja atendida na sua integralidade, dentro dos protocolos que o Ministério da Saúde preconiza”, explica Celedônio.

No Hias, foi formada uma comissão para o acompanhamento deste acolhimento no hospital. Além da adoção e adequação desse atendimento, haverá formações e orientações para os profissionais do Centro de Emergência da unidade.

Evitar revitimização

Para a psicóloga Vanilla Oliveira, integrante da comissão, sistematizar o atendimento garante que crianças e adolescentes vítimas de violência não sejam submetidas à revitimização e tenham o cuidado de forma integral. “A gente quer oferecer a melhor assistência possível sem revitimizar essa criança e esse adolescente, sem ficar recolocando essa família e esse paciente em uma posição de reviver essa situação de violência que é tão cruel e que marca tanto a vida das pessoas que passam por isso”. Ela completa: “Queremos ser, de fato, pontos luz, de apoio, de acolhimento e de cuidado”.