Entre comoção e manifestações de defesa do SUS, Hospital Martiniano de Alencar vacina funcionários

27 de janeiro de 2021 - 10:50 # # # #

Assessoria de Comunicação do HMJMA
Texto e fotos:
Diana Vasconcelos


Enfermeira Taís Maciel Medeiros (esquerda), que atua na unidade há seis anos, afirma estar feliz por ser vacinada e por aplicar o imunizante em outros funcionários

O Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA) teve um dia de comoção e alegria. A unidade de média complexidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, recebeu as primeiras doses da vacina contra Covid-19 nesta terça-feira (26). Os imunizantes foram prioritariamente aplicados na equipe de assistência e funcionários que integram o grupo de risco. Todas as outras unidades hospitalares estaduais também iniciaram a vacinação.

A coordenadora do Recursos Humanos Maria Leonice Oliveira Sousa, de 70 anos — destes, 54 dedicados à saúde pública cearense —, foi uma das contempladas. “Tive Covid-19 e fui abençoada com a cura. Agora, tenho o privilégio de ser vacinada, isso é maravilhoso. Só tenho a agradecer”, comemora, afirmando se sentir ainda mais feliz por ser no Martiniano de Alencar, lugar que considera “seu porto seguro”. “Vale a pena ter esperança, espero que todos tenham essa mesma alegria em breve”.

A enfermeira Taís Maciel Medeiros, que trabalha no hospital há seis anos, integra “orgulhosamente” a equipe de vacinação que está aplicando as doses naqueles que fazem parte do quadro de funcionários da unidade. “Eu estou me sentindo muito feliz, tanto por ser vacinada como por vacinar meus colegas de trabalho. A gente tem que ter esperança sempre e essa vacina é uma prova disso. Temos que ter esperança em dias melhores”, diz a enfermeira.

Enquanto alguns compartilhavam sentimentos de alegria e esperança, outros exaltavam o trabalho da ciência nacional e do programa de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi o caso do primeiro funcionário a ser vacinado na unidade, o médico cirurgião geral Antônio Gláucio de Sousa Nóbrega.

“Como profissional, a gente sempre espera [soluções da ciência]. Nesse momento de pandemia, que nós temos consciência da gravidade da doença e das proporções que ela tomou, a única medida que temos efetiva para defesa é a vacina. E o SUS do nosso País possui um programa de vacinação extremamente eficiente. Não é à toa que estamos tendo o privilégio de termos essa vacina”

Nóbrega, de 61 anos, além de profissional de saúde que atua na linha de frente, é ex-obeso — outro fator que o coloca em grupo de risco.

Após a vacinação dos funcionários, a expectativa da direção da unidade é de que todos trabalhem com mais segurança. “A vacinação, para o profissional de saúde, representa segurança na sua atividade. A gente, ao longo de todo esse tempo de pandemia, vem trabalhando. Mas sempre há medo. Colegas adoeceram durante esse período, alguns tiveram a forma grave da doença, outros infelizmente faleceram. Esse destino incerto causa um temor, não só na população, mas para profissionais da saúde também. Então, se vacinar é uma esperança de defesa e segurança para todos”, afirma o diretor geral do HMJMA, o médico cirurgião Adriano Veras.