Hias realiza Semana da Prematuridade a partir desta segunda, 16

16 de novembro de 2020 - 10:22 # # #

Assessoria de Comunicação do Hias
Repórter: Eduarda Talicy
Arte gráfica: Arthur Sousa

“Eu acho que, quando um filho nasce prematuro, a gente fica ainda mais insegura porque eles passam por muitas coisas, muitos tratamentos. Eu chorava muito no começo, mas estou bem mais aliviada porque elas estão se desenvolvendo muito bem”, conta Thalia Ferreira Lima, 23, dona de casa, mãe das gêmeas Maria Ísis e Maria Vitória, de um mês e dez dias, internadas no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado.

Segundo a mãe das crianças, é o carinho com o qual as filhas são cuidadas que a deixa mais aliviada e confiante. É neste contexto de humanização e difusão da informação que é celebrada a II Semana da Prematuridade do Hias, realizada entre os dias 16 e 18 de novembro. Com foco na sensibilização dos profissionais da área de assistência ao prematuro, o evento contará com live, apresentação de painel com a história da Neonatologia no mundo, homenagem aos profissionais, atividades lúdicas e de integração dedicadas às mães e familiares dos bebês, entre outras ações.

De acordo com Natércia Bruno, enfermeira da Neonatologia do Hias e organizadora do evento, mesmo diante do contexto de pandemia e da necessidade de redução de atividades presenciais, é importante encontrar formas de celebrar a data. “Estamos pensando em algo que seja educativo e informativo. Para isso, trouxemos a historiografia de momentos que marcaram a evolução da Neonatologia no mundo. Uma coisa que a gente percebe muito é a necessidade de as pessoas entenderem que o recém-nascido é um ser em desenvolvimento e que esse desenvolvimento depende de tudo aquilo que o cerca. Não esquecer que corpo e mente não se separam, então quando se pensa na assistência é preciso pensar também em desenvolvimento psicoafetivo”, pontua.

Assistência a bebês prematuros no Hias. Foto: Diana Vasconcelos

A profissional defende que não há desenvolvimento neonatal sem o método canguru – série de práticas de atenção humanizada ao recém‑nascido de baixo peso. “É muito importante que o profissional esteja capacitado nessa área também e não só na parte do cuidado da patologia. Isso também é garantia de direitos. Não tem como cuidar de recém-nascidos sem providenciar urgentemente esse vínculo com os pais, o aleitamento materno, tudo isso interfere na qualidade do desenvolvimento dessa criança”, defende.

Rosiane da Costa Castro, 25, mãe da Vitória, de oito meses, conta que o método canguru foi fundamental para o desenvolvimento da filha.  “A Vitória nasceu com 30 semanas e três dias e com 815 gramas.  O método foi importantíssimo para que eu pudesse amamentá-la. O bebê se desenvolve mais, fica mais seguro, e a mãe também. Hoje eu sei fazer o ninho (técnica de ajuste postural do prematuro com uso de rolinhos de pano), dou medicamentos sozinha. Certamente sou uma mãe bem mais segura”, avalia.