Paciente retorna para casa após nove meses de internação

27 de outubro de 2020 - 11:38 # # #

Assessoria de Comunicação do Hias
Texto fotos : Eduarda Talicy

Maria Valentina, de um ano e sete meses, será assistida pelo Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar (PAVD)

Foi sob aplausos da equipe da Unidade de Pacientes Especiais (UPE) que Maria Valentina Santos, de um ano e sete meses, recebeu alta do Hospital Infantil Albert Sabin, da Secretaria da Saúde do Ceará, do Governo do Estado. Depois de 9 meses internada na unidade, a pequena e a mãe, Patrícia Kelly Santos, 26, ganharam nesta segunda-feira (26), uma nova possibilidade: a de voltar para casa. “Eu estou muito agradecida. Nestes nove meses, nós fomos muito bem assistidas. Choramos juntos, sorrimos juntos e vencemos juntos”, emociona-se.

Com coroa de princesa e sapatos dourados, Valentina, acompanhada da mãe, atravessou os corredores da unidade em meio a sorrisos e felicitações dos profissionais e de outros pacientes. Diagnosticada com atrofia muscular espinhal do tipo 1, a criança e a família serão agora acompanhadas em casa pela equipe do Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar (PAVD). Valentina é a 51ª criança a ser beneficiada com o programa criado em 2005.

“Para esses pacientes portadores de doenças crônicas complexas, estar dentro de uma UTI significa estar longe do núcleo familiar”, explica a médica e coordenadora da UPE, Marta Sampaio. “Há um tempo longo de internação. Temos histórias de pais e mães que passam muito tempo sem convívio conjunto porque precisam se dividir entre acompanhar o paciente e as outras atribuições de casa. Com a possibilidade de volta para casa, a gente abriu um novo horizonte”, afirma.

De acordo com ela, o foco do programa também está na capacitação dos acompanhantes para o trabalho conjunto na assistência do paciente. Atualmente, 23 crianças são assistidas pelo PAVD, que dispõe de uma equipe composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, cirurgião pediátrico, técnicos em enfermagem e motoristas.

Os pacientes que chegam à idade adulta são transferidos para o serviço do Hospital Geral Waldemar Alcântara(HGWA), também da rede estadual.

Para Caíque Fernandes, estudante de medica e interno, o retorno dessas famílias ao lar é o principal motivador. “É uma experiência fantástica ver essa desospitalização porque não é só uma questão do paciente, mas tem o acolhimento familiar, e são muitos sentimentos envolvidos”, diz.

Já na casa onde mora, no bairro Antônio Bezerra, mãe e filha também foram recebidas com festa. “Foram longos nove meses e eu estou sentindo muita felicidade em retornar para o nosso lar”, encerra Patrícia