Plataforma de Modernização da Saúde é apresentada em congresso

22 de novembro de 2019 - 14:20 # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Repórter:
Teresa Fernandes

A nova política de saúde do Estado, gestão pela eficiência e transparência foram os principais temas abordados pelo secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr.Cabeto, durante palestra no II Congresso Cearense dos Hospitais e Entidades Filantrópicas nesta quinta-feira, 21, em Sobral. Além do secretário estadual, também palestrou o secretário municipal de Saúde de Sobral, Gerardo Cristino Filho, sob a mediação do presidente da Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas do Ceará, Marcos Granemann.

O gestor lembrou que ao assumir a pasta teve como primeiro passo a promoção de um diagnóstico de como a estrutura organizacional da Sesa funciona para cuidar do cidadão, envolvendo o modelo de governança, planejamento e gestão, assim como as políticas implementadas e as necessidades da população, os processos de monitoramento e avaliação e a política de formação. A partir disso foi possível a criação da nova estrutura organizacional da Secretaria. O organograma se divide em planejamento e formulação de políticas públicas; atenção à saúde; monitoramento, avaliação e regulação; planejamento e execução dos processos administrativos.

Para Dr. Cabeto, além da integração e da tecnologia em saúde outro desafio é a regionalização. “Há alguns anos, o Estado decidiu construir os hospitais regionais, decisão acertada, e desenhamos as regionais de saúde. Mas a criação das regionais garante a regionalização? Não, por isso precisamos planejar”, avalia lembrando que a Sesa está realizando até a sexta-feira,22, a segunda etapa do Planejamento Regional do Cariri. Ele completa que é preciso trabalhar com as regiões de saúde, apesar de o financiamento ser tripartite, envolvendo a federação, os estados e municípios.

A proposta de regionalização, como lembrou o secretário, foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa. O projeto de lei trata da integração, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), das ações e serviços públicos de saúde do Estado e dos 184 municípios cearenses, divididos em regiões de saúde. A Sesa também foi a primeira secretaria de saúde do Brasil a implantar a estratégia de compliance. “O compliance é um sistema que traz transparência à gestão com conformidade ética, competência e indicadores para que o profissional possa tomar decisões técnicas. Buscamos um sistema de saúde cada vez mais transparente na metodologia e integração com a sociedade”, avalia.

O secretário ressalta que os investimentos estaduais em saúde tem crescido, mas é preciso avançar em efetividade. “Não se trata de culpabilizar, mas é preciso que o sistema seja voltado para o usuário e precisa ter efetividade. É preciso um planejamento adequado”, avalia. O Estado tem mais de 500 unidades hospitalares, das quais 85% contam com menos de 50 leitos e taxa de ocupação menor que 40%. Um avanço importante que o secretário apontou foi a redução no tempo de permanência das emergências dos grandes hospitais, que caiu cerca de 70%.

Dr.Cabeto também comparou a percepção do usuário acerca dos sistemas de saúde no mundo a partir de uma pesquisa da Academia Americana de Medicina, que questionou o que as pessoas mais esperavam da saúde. As respostas foram em tradução livre: acesso, empatia, comunicação, estratégias de cuidado e não ao abandono. “Quando nos aprofundamos nesses cinco itens, trata da visão que o sistema precisa ter sobre o usuário”, ressalta. Segundo estudo da Organização Mundial de Saúde, as principais queixas dos usuários são a fragmentação do cuidado e dos serviços, a baixa performance, acesso ruim, má qualidade da prestação da saúde, efetividade não apurada, alto custo e satisfação baixa.