Orienta sobre as necessidades especiais em crianças prematuras

18 de novembro de 2019 - 17:30 # # # #

Assessoria de Comunicação da Hias
Repórter/ Fotos: Diana Vasconcelos

Há seis meses, Gissele Ferreira da Silva aguarda o momento de levar a filha para casa. Internada desde o nascimento, Maria Helena nasceu durante a 25ª semana de gestação, pesando menos de 700 gramas.“Quando a vi pela primeira vez, só chorava”, conta. Mãe e filha estão sendo acompanhadas no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Ceará, unidade hospitalar que comemora hoje (18), a Semana da Prematuridade.

Segundo a coordenadora Centro de Terapia Intensiva Neonatal (CTIN), Rejane Brasil Sá, uma em cada dez crianças nascidas vivas é prematura no Brasil. “Bebê prematuro é todo aquele que nasce antes da 37ª semana de gestação, todos aqueles que nascidos nessa faixa precisam de cuidados especiais”, ressalta a médica.

“É muito importante pensarmos na prematuridade. Temos que olhar para eles (bebês prematuros) de forma diferenciada e com muito carinho, porque eles tem um risco maior de morbidade, de mortalidade, de infecção, de retinopatia e dificuldade em ganho de peso. Precisamos ter muito cuidado com esses bebês e o Dia Mundial da Prematuridade existe para termos esse olhar, para nos reunirmos, debatermos e compartilhar experiências”, afirma Rejane.

Segundo a médica, há três níveis de prematuros: o tardio, quando o bebê nasce entre 34ª e 37ª semana de gestação; o intermediário, quando o nascimento ocorre entre a 28ª e a 34ª semana; e o extremo, quanto nasce com menos de 28 semanas. Maria Helena é considerada extrema e, mesmo com seis meses de vida, pesa apenas 1,8 kg.“Cada grama é uma alegria e mais um passo para sua alta”, disse a mãe, Gissele.

Gissele, é natural de Milhã, a mãe conta ter procurado o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) na capital, durante a gravidez, após perceber a pressão arterial elevada. Ficamos lá mesmo. Pouco depois, com os exames, perceberam que minha filha estava sofrendo, sem oxigenação e nutrientes, fizeram um parto de emergência”, conta.

Mãe e filha ficaram internadas no HGCC por cinco meses, até serem transferidas para o Hias há pouco mais de um mês. “Foi muito difícil, ela foi planejada, muito desejada. Meu marido só veio ver nossa filha três vezes devido não aguentar. Mas, agora, ela está bem melhor e sei que em breve vamos para casa”, afirmou Gissele, que largou o emprego de auxiliar de serviços gerais para dedicar-se a filha.

Prevenção

A pediatra Rejane Brasil destaca que, ao planejar a gestação, o ideal é que a mulher já procure um obstetra para que o acompanhamento se inicie antes da gestação. Com as orientações seguidas corretamente, mãe e filho têm mais chances de passar pela gravidez com mais saúde, reduzindo riscos.

Quando não é possível evitar o nascimento prematuro do bebê, a criança precisa ter uma atenção especial por parte de uma equipe capacitada. Com esse objetivo, a partir do dia 18 de novembro, o Hias promove palestras e rodas de conversas para aperfeiçoamento das equipes multidisciplinar do setor neonatal. O compartilhamento de experiências é prioridade para crescimento dos profissionais da unidade hospitalar.