Arritmia cardíaca: conheça mais sobre a doença e saiba como tratá-la
6 de novembro de 2019 - 17:44 #arritmia #coração #prevenção #tratamento
Assessoria de Comunicação do HM
Repórter: Jessica Fortes /
Arte gráfica: Priscila Sousa
As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Dentro das arritmias, existem as taquicardias, quando o coração bate rápido demais e as bradicardias, quando as batidas são muito lentas. Ambas necessitam de investigação médica, porque comprometem o bombeamento do sangue para o corpo e quando não diagnosticadas e tratadas corretamente, podem provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita.
Assim, é importante ficar atento aos sintomas dessa doença e tratá-los da forma correta. O cardiologista e chefe do serviço de arritmia cardíaca do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, da saúde do Governo do Ceará, Evilásio Leobino, dá algumas orientações sobre a doença.
Quais os sintomas da arritmia cardíaca?
Muitas vezes, as arritmias cardíacas não provocam sintomas, são silenciosas e, por isso, perigosas. No entanto, alguns pacientes reclamam das palpitações, ou “batedeira”, tontura, falta de ar, sensação de desmaio. Em outros casos, como nas bradiarritmias, as palpitações já não são comuns. O paciente apresenta tontura relacionada ao esforço, cansaço desproporcional a atividade física e sensação de desmaio. Em casos graves da doença, pode ocorrer parada cardíaca, que pode levar à morte súbita.
Quem está sujeito às arritmias cardíacas e à morte súbita?
Qualquer pessoa, independente da faixa etária e sexo, pode sofrer uma arritmia cardíaca. No entanto, a maioria das ocorrências está em pessoas que possuem doenças cardíacas estruturais ou já sofreram parada cardíaca, e pessoas que têm histórico de doenças da família (pais, irmãos etc.)
É muito importante, mesmo em pessoas jovens, fazer sempre um acompanhamento regular com um cardiologista, para saber como está as condições do coração, saber se pode ou não fazer uma atividade física de alto impacto, por exemplo.
Como prevenir?
As taquiarritmias são as mais comuns em pessoas jovens e de coração estruturalmente normal, essas não tem como prevenir, pois na maioria das vezes, o paciente já nasce com um fio a mais no coração e em algum momento da vida, a arritmia será deflagrada. Na maioria das vezes essa arritmia é benigna e o repouso não vai impedir o seu aparecimento, então, o paciente tem que levar uma vida o mais normal possível.
No entanto, apesar de a genética influenciar a predisposição a arritmias, para preveni-las, assim como demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, uma alimentação balanceada, não ingerir ou não exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, não fumar, praticar atividades físicas, dar atenção à saúde emocional e, pelo menos uma vez por ano, consultar-se com um cardiologista para a realização de exames preventivos.
Como o diagnóstico das arritmias é feito?
Um coração saudável, em repouso, bate entre 50 e 100 vezes por minuto. Se esse ritmo cai ou se eleva com muita frequência, ou se a pessoa apresenta sintomas significativos como tontura, falta de ar, é hora de procurar um médico. O cardiologista investigará o histórico do paciente e fará o eletrocardiograma, um exame capaz de detectar alterações cardíacas. Se houver necessidade, outros exames, como o ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) e o teste ergométrico, que avalia o desempenho do órgão em uma prova de esforço físico na esteira, podem ser solicitados.
Como é o tratamento das arritmias?
O tratamento depende de cada caso, o cardiologista avalia e determina. Mas ele pode ser medicamentoso, pode haver a necessidade de fazer uma ablação (espécie de cateterismo), um implante de marca-passo, ou o implante de um desfibrilador interno, por exemplo.