Ação celebra protagonismo da pessoa com deficiência

1 de outubro de 2019 - 09:38 # # #

Texto e Foto: Assessoria de Comunicação da ESP

A deficiência, seja física, auditiva, visual e intelectual, não deve ser impedimento à participação das pessoas que lidam com algum tipo de limitação na sociedade. E foi partindo dessa premissa que a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) realizou na última sexta-feira, 25, mais uma edição do Programa Arte, Cultura e Saúde. O evento foi realizado pelo Centro de Extensão em Saúde (Ceesa), em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).

Aberto ao público, o encontro contou com a realização do 1º INCLUI CE – evento cultural inclusivo – com dança, música, poesia, teatro e cine debate promovidos por pessoas com deficiência em parceria com a SPS. O superintendente da ESP/CE, Salustiano Pessoa, acolheu os parceiros presentes. “Hoje vocês estão me ajudando a realizar um grande sonho nosso que é tê-los aqui. Essa é uma escola das pessoas, do povo cearense em geral”, destacou Salustiano.

A assessora técnica da política da pessoa com deficiência da Sesa e presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Ceará, Arnete Borges, também ressaltou a importância de momentos como este, onde o protagonismo de pessoas com deficiência esteja sendo abertamente discutido e apresentado junto à sociedade. “Um país sem inclusão não pode ser um país desenvolvido. A inclusão social é esse diferencial, não somente nas nossas vidas – pessoas com deficiência – mas sim de todos nós”, concluiu Arnete Borges.

Em sua 4ª edição, o Arte, Cultura e Saúde trabalhou o tema da Inclusão Social. E por meio do 1º INCLUI-CE – evento cultural inclusivo, foram realizadas apresentações de dança, música, poesia, teatro e uma sessão de cinema comentada. Todas as atividades foram realizadas e protagonizadas por pessoas com deficiência em parceria com a SPS. A Secretária da proteção Social, Socorro França, pontou a importância do ato de escuta na inclusão das pessoas com deficiência. “Temos de estar junto dessas pessoas, lutar com elas, estar perto, fazendo com que efetivamente o Brasil tenha um olhar para a pessoa”, disse a secretária.

Essa inclusão, é aquela percebida por jovens como Karen Almeida. Ela participa das atividades na Associação Pestalozzi do Ceará e apresentou um número musical junto com seus colegas dentro da programação do INCLUI-CE. “Gostei muito do evento porque ele ajuda a discutir as principais questões e dificuldades de todos nós. É muito bom saber e poder mostrar o que a gente pode fazer, seja dançando, cantando ou tocando”, afirma.

Além da Associação Pestalozzi do Ceará, o evento contou com a participação a Liga da Clínica Médica da Universidade Federal do Cariri, que realizou a oferta de serviços em saúde durante todo o evento, além de outras organizações sociais, como o grupo Fortaleza Down, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Fortaleza (APAE), Instituto dos Cegos do Ceará, Cruz Vermelha Brasileira – Ceará, Estácio, Núcleo De Apoio Municipal Aos Munícipes com Necessidades Especiais (NAMME), entre outras organizações parceiras.

Dia de Luta das Pessoas com Deficiência

A ação foi referente também ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado no último 21 de setembro. A data foi oficializada em 2005 por meio da Lei Nº 11.133. Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir os direitos dessas pessoas na sociedade e sem preconceitos.

Hoje, mais de 45 milhões de pessoas no Brasil vivem com alguma forma de deficiência. No Ceará, são 2 milhões de pessoas, que representam quase 27% da população com algum tipo de deficiência.