Equilibrar trabalho e descanso é essencial para saúde
4 de abril de 2019 - 16:44 #cuidad #prevenção #qualidade de vida
Assessoria de Comunicação do HGF - Débora Morais
Há doenças que surgem como um alerta do corpo à necessidade de mudar o estilo de vida. De acordo com Sônia Paranaguá, psicóloga do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), do Governo do Ceará, o cuidado com a saúde requer mudança de hábitos que envolvam o bem-estar físico, psíquico e social.
“É muito difícil às vezes as pessoas fazerem a análise de suas necessidades. Cada um fica ali com a sua carga pesada de convívio e trabalho. Quando a gente trabalha recursos humanos em instituições, principalmente, temos que entender que esse conceito de saúde, de bem-estar do trabalhador, vai mais além. Eles necessitam de uma maior atenção para cuidar do equilíbrio biopsicossocial, para não causar o desgaste emocional que conhecemos como Síndrome de Burnout”, explica a especialista.
A Síndrome de Burnout, conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema. É o resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
Semanalmente, uma equipe de funcionários participa de um treinamento organizado pelo Recursos Humanos. O encontro é para treinar, orientar e desenvolver o relacionamento interpessoal dos trabalhadores. Para a supervisora de higienização do HGF, Maria Elizabete Moura, 44, a oportunidade de participar dessas reuniões tem ajudado na melhora da qualidade de vida dela.
“Tem coisas que a gente não coloca em prática no dia a dia. E com esses treinamentos que a gente recebe, começamos a ter uma outra visão de convivência em equipe. Eu passei a conversar mais com a minha equipe, desde um simples ‘bom dia’ a parar para conversar. E sinto que teve um retorno muito bom de ter colocado isso em prática, até mesmo pela minha saúde”, ressalta.
Qualidade de vida
De acordo com Érika Ferreira Gomes, a especialista em distúrbios do sono, há estudos que já mostram como o aumento da jornada de trabalho e o ritmo acelerado privam a população de um sono adequado. As pessoas passaram a dormir menos, o que causa o chamado “jet lag social”. Esse fenômeno ocorre quando há grande diferenças entre o horário de sono do fim de semana (ou dos dias livres) e o dos dias de trabalho.
“O jet lag social nada mais é que a síndrome do sono insuficiente. A pessoa não consegue dormir o tempo necessário que o corpo precisa. O organismo nunca compensa tudo. A pessoa tem insônia, fica ansiosa, fica deitada pensando nos problemas do dia a dia. Isso traz um impacto muito grande à saúde, relacionado com o alto índice de morbidade e mortalidade. As pessoas adoecem por conta de uma qualidade de sono ruim”, enfatiza Érika.
Para uma noite de sono tranquilo é necessário criar alguns hábitos antes de dormir. Deitar sempre no mesmo horário, respeitar o tempo mínimo que o corpo necessita para descanso, além de evitar o uso de celular e assistir televisão quando estiver na cama são alguns exemplos. Dormir pouco prejudica a memória e eleva riscos de baixa imunidade, obesidade, doenças cardíacas e até mesmo de desenvolver câncer.