Autocuidado é fundamental para evitar ou tratar o pé diabético

16 de abril de 2018 - 09:46 # # #

Assessoria de Imprensa do CIDH/ Lacen/IPC - Suzana de Araújo Mont'Alverne - (85) 3101-1488 / suzana.alverne@lacen.ce.gov.br

O diabetes mal controlado causa inúmeras complicações. O pé diabético, que ocasiona o surgimento de ferimentos e infecções nos pés que não cicatrizam, está entre elas. “O problema está associado as anormalidades neurológicas ou a doenças vasculares periféricas que ocasionam a perda  progressiva da sensibilidade nos membros inferiores”, explica Márcia Barroso Camilo de Ataíde, enfermeira do ambulatório especializado no atendimento aos pacientes portadores do agravo do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), do Governo do Estado.

O pé diabético acomete mais rapidamente os pacientes que não controlam de forma adequada os níveis de açúcar no sangue. Aos 75 anos e há 20 convivendo com o diabetes, Mozart Farias de Sousa, que já teve sua perna esquerda amputada devido à complicação, diz que a falta de sensibilidade é um dificultador. “Eu não sinto o meu pé, hoje mesmo estou aqui por conta de um arranhão que não vi e só quando se tornou uma ferida eu notei. Já fiz a raspagem e vim fazer a troca do curativo”, conta.

A perda da sensibilidade nos pés, queimação nos pés e nas pernas, dormência e até fraqueza nas pernas, são alguns dos sintomas da complicação. “É bastante comum, infelizmente, que o paciente queime a planta do pé, se corte e não sinta. Isso se agrava pelo pouco hábito de examinar os pés. Grande parte só vai perceber que há algo estranho quando há presença de exsudação (secreção), quando o organismo libera um líquido ou quando a região afetada fica avermelhada”, explica Márcia.

Nem todas as pessoas com diabetes terão o chamado pé diabético. Mas, todos os diabéticos devem ficar atentos a qualquer alteração nos pés. “O autocuidado é o principal aliado para evitar a complicação”, reforça a enfermeira. Além do autoexame, é preciso ficar atento aos exames médicos.  “Assim como os olhos, rins e coração, os pacientes com diabetes precisam realizar exames para os pés periodicamente”, diz.

Serviço especializado

O ambulatório especializado em pé diabético conta com uma equipe interdisciplinar – formada por médicos, cirurgiões vasculares, enfermeiros e auxiliares de enfermagem – para o tratamento dos pacientes que apresentam a disfunção. O serviço é oferecido de segunda a sexta-feira, de 7 às 16 horas. São atendidos em média 30 pacientes diariamente.

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