Lacen faz vigilância laboratorial de doenças transmitidas por alimentos

17 de abril de 2017 - 18:39

A temporada de chuvas favorece a proliferação de bactérias, até mesmo nos alimentos. A contaminação de itens alimentícios tem alguns fatores influenciadores, tais como a falta de limpeza, a forma como são guardados e, muitas vezes, o modo de preparo. “Nem sempre o aspecto ou o cheiro denunciam a contaminação, já que algumas bactérias não são vistas a olho nu. E isso é um alerta para o risco de intoxicação alimentar”, ressalta Maria Tereza Pinto da Costa, bióloga da Divisão de Produtos do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O Lacen é responsável por exames laboratoriais de média e alta complexidade em alimentos. As amostras de alimentos para análise são encaminhadas ao laboratório do Governo do Estado do Ceará através das Vigilâncias Sanitárias Municipais, Estadual e Federal.

Com as análises realizadas no Lacen é possível obter informações sobre as condições higiênico-sanitárias durante a produção, processamento, armazenamento e distribuição dos alimentos e assim evitar as DTAs, que são doenças transmitidas pela ingestão de alimentos contaminados. Nos dois últimos anos, o laboratório realizou mais de 7.500 análises em alimentos. De janeiro do ano passado a março deste ano, 1.500 amostras foram analisadas, destas 14 foram notificadas como surto. “Mais de 250 tipos de doenças podem ser diagnosticadas e em sua maioria são causadas por bactérias, vírus e parasitas e as realizações dos exames laboratoriais garantem maior segurança ao consumidor”, ressalta Tereza.

Após realização das análises, cabe ao Lacen: confirmar o alimento suspeito de causar a DTA e comunicar o surto à Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado, quando do conhecimento e/ou acesso à informação; participar das ações de planejamento da equipe de investigação epidemiológica para o estabelecimento de estratégias e definição das medidas de controle frente ao surto de DTA; orientar/ proceder a coleta, o acondicionamento e o transporte das amostras para o laboratório; participar da atividade de campo se possível e/ou necessário; analisar as amostras clínicas, bromatológicas e de ambientes, manter disponíveis insumos para a coleta de amostras destinadas às análises microbiológicas, resíduos de pesticidas, metais pesados e outros; elaborar laudos e orientar a interpretação dos resultados das análises efetuadas. Além de participar das discussões e conclusões da investigação epidemiológica para elaboração do relatório final; capacitar recursos humanos no âmbito de sua competência e realizar ou apoiar o desenvolvimento de pesquisas científicas específicas.

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