Editorial do POVO destaca pionerismo do banco de cordão umbilical do Ceará
9 de junho de 2010 - 18:31
Quarta-feira, 09 de junho de 2010
Opinião
Editorial
Banco umbilical
Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Nordeste é inaugurado em Fortaleza pelo presidente Lula
Um dos motivos da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Ceará, ontem, foi para inaugurar o primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário público do Nordeste. Estiveram também presentes ao ato, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governador Cid Gomes, o secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos, o presidente da Rede BrasilCord, Luís Fernando Bouzas, e a diretora-geral do Hemoce, Luciana Carlos, dentre outras autoridades e convidados.
Para muitos, será sem dúvida uma surpresa saber que o Ceará foi escolhido para sediar a única unidade desse tipo no Nordeste, passando a beneficiar pacientes de toda a região. Trata-se da oitava unidade desse tipo a integrar a Rede Brasilcord, do Ministério da Saúde, formada por um conjunto de 13 bancos de sangue de cordão umbilical e placentário interligados para atender a demanda de transplantes de medula óssea e pesquisas de células embrionárias. A unidade cearense terá capacidade de armazenar e tratar até quatro mil cordões umbilicais e placentários.
Como se sabe o sangue de cordão umbilical e placentário é o que circula pelo cordão umbilical e pela placenta, sendo chamado às vezes de Scup ( Sangue de Cordão Umbilical e Placentário). Desde que os pesquisadores descobriram que existe nele um grande número de células “tronco” hematopoéticas – células importantes para transplantes – os cordões umbilicais passaram a ser coletados e não mais descartados como sempre ocorria. Os principais beneficiários serão os pacientes que precisam de um transplante de medula óssea e que não apresentam doador familiar compatível. Para isso, os pacientes necessitados de transplante deverão ser cadastrados, pelo Registro de Doadores de Medula Óssea ( Redome), de acordo com suas características (HLA) . Será feito, então, um cruzamento de informações entre o Redome e o Banco de Sangue de Cordão Umbilical, com o objetivo de identificar um doador compatível entre as unidades armazenadas. Os procedimentos para o transplantes são os mesmos aplicados para a medula óssea (o paciente recebe as “células tronco”, através de uma transfusão).
O material será buscado principalmente nas maternidades. No caso do Ceará, serão firmados convênios com três maternidades públicas de Fortaleza, onde existem equipes treinadas para coletar o cordão no momento do nascimento da criança: Hospital Geral César Cals, Maternidade Escola Assis Chateaubriand e Hospital Distrital Nossa Senhora da Conceição. Assim, muitas vidas serão salvas ou ganharão mais qualidade graças à unidade instalada em Fortaleza.
Leia a matéria no site do jornal O Povo: http://opovo.uol.com.br/app/o-povo/opiniao/2010/06/09/int_opiniao,2008048/b-banco-umbilical-b.shtml