Amor que fortalece: ensaio fotográfico do primeiro Natal de bebês internados no HGWA celebra vínculo entre mães e filhos

19 de dezembro de 2025 - 09:28 # # # # # # # # #

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto: Bruno Brandão
Fotos: Sândalo Costa

Primeiro Natal: bebês participam de sessão fotográfica na UTI Neonatal do HGWA (Foto: Sândalo Costa)

O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou uma emocionante sessão de fotos natalina com bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo). A ação, intitulada “Meu Primeiro Natal”, contou com a colaboração integrada de toda a equipe multiprofissional da unidade, reforçando o compromisso do hospital com o cuidado humanizado.

A iniciativa proporcionou às famílias um momento de afeto, esperança e construção de memórias positivas em meio ao período de internação. Os recém-nascidos, muitos deles prematuros, foram fotografados em um cenário cuidadosamente preparado, respeitando todos os protocolos de segurança e assistência.

Para a agricultora Maria Araújo Santos, mãe do pequeno João Levi, de 18 dias de vida, a experiência foi inesquecível. “Foi maravilhoso. Tem um significado especial. Eu fiz questão de estar presente para as fotos. Desejamos ir para casa, mas tudo é no tempo de Deus. Quando ele crescer, vai ver sua primeira ‘fotinha’ de Natal”, disse a mãe do bebê prematuro.

Amor que fortalece: o vínculo entre mãe e bebê é celebrado em cada registro da sessão “Meu Primeiro Natal”

A operadora de farmácia Ana Beatriz, mãe de João Miguel, de 12 dias de nascido, que veio ao mundo com 34 semanas de gestação, destacou a importância do registro. “É o nosso primeiro Natal juntos. Ele é meu primeiro filho. Com a foto, vamos eternizar esse momento. Espero ir pra casa com ele para passar o Natal.”

Soninho de Natal

Já a manicure Crislaine Jennifer, mãe de Ana Ayla, nascida com 30 semanas e prestes a completar um mês de vida, falou sobre o sentimento despertado pela ação. “Foi emocionante. A gente vê como uma esperança. Eu tive o sentimento de esperança dentro de mim. É o primeiro Natal da minha filha, ela está com vida. Provavelmente passaremos o Natal aqui, estarei juntinho dela.”

Cada detalhe foi pensado para garantir segurança, conforto e acolhimento aos bebês e suas famílias

O tema e o cenário da sessão foram idealizados pela terapeuta ocupacional Viviane Coutinho, que ressaltou o significado da atividade. “Sempre fazemos ações que sejam significativas. Quando o hospital recebe um bebê, não recebe apenas o bebê, mas também a mãe e a família. A música durante o ensaio vem como uma forma de harmonia. Essa mãe estando fortalecida é muito bom, e esse momento da sessão é muito importante para elas.”

O tema “biscoitos de gengibre” trouxe delicadeza e aconchego ao cenário preparado com cuidado pela equipe multiprofissional do HGWA

As imagens foram registradas pelo fotógrafo voluntário Sândalo Costa, que fez questão de contribuir com o projeto. “É muito gratificante poder proporcionar esse momento para essas famílias. É um período delicado, com o bebê passando o primeiro Natal dentro de uma UTI. Esse trabalho traz um pouquinho de alento, um registro fotográfico dentro do tema de Natal para que as mães guardem essa lembrança. Sou muito feliz e grato por poder fazer esse trabalho”, afirmou.

Do ponto de vista psicológico, a ação vai além da comemoração. A psicóloga Renata Viana explica que a sessão de fotos atua como uma intervenção terapêutica. “A internação neonatal, principalmente em períodos simbólicos como o Natal, costuma ser marcada por sentimentos de medo e culpa. Nesse contexto, a sessão de fotos comemorativas assume um papel muito terapêutico e humanizador”, explicou.

Segundo a profissional, a iniciativa contribui para a saúde mental materna e o fortalecimento do vínculo mãe-bebê. “O cuidado da Neonatal ultrapassa os limites da assistência clínica e alcança o campo emocional da mãe, do bebê e de toda a família. Registrar esse momento possibilita a construção de memórias positivas, ajuda a ressignificar o período da internação e permite que essas mães vejam seus bebês não apenas como pacientes, mas como filhos inseridos no círculo familiar. Isso contribui para a redução da ansiedade, promove a sensação de pertencimento e valida as emoções dessa mãe.”