Sesa reforça compromisso com o enfrentamento à sífilis durante seminário estadual na ESP/CE
17 de outubro de 2025 - 18:27 #Atenção Primária #Combate à Sífilis #vigilância
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e foto: Jessika Sampaio
O encontro reuniu profissionais, gestores e pesquisadores de diversas regiões do estado
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), por meio da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig) e da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep), realizou, nesta sexta-feira (17), o Seminário Estadual de Enfrentamento da Sífilis. O encontro ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e reuniu profissionais, gestores e pesquisadores de diversas regiões do estado. O objetivo foi discutir o cenário epidemiológico da doença, revisar protocolos clínicos e fortalecer estratégias de prevenção e cuidado.
A mesa de abertura contou com a presença do secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Silva Lima Neto (Tanta); da coordenadora da Covep, Ana Maria Peixoto Cabral; da analista ministerial de Direito do Centro de Apoio Operacional da Saúde (Caosaúde) do Ministério Público do Ceará, Nairim Tatiane Lima Chaves; da diretora financeira do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems) e secretária de Saúde de Itapipoca, Georgina Freire; da orientadora da Célula de Atenção Primária e Promoção da Saúde (Cepri), Sheila Maria Santiago Borges; e da articuladora da área técnica de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Léa Dias Pimentel Gomes Vasconcelos.
É preciso garantir que a prevenção e o cuidado cheguem a todos os territórios
Durante a abertura, o secretário Antônio Lima Neto destacou que a sífilis, sobretudo na gestação, ainda representa um desafio relevante para o sistema de saúde, por seu impacto tanto sobre as mulheres quanto sobre os recém-nascidos. Ele ressaltou a importância de eventos como o seminário para fortalecer o diálogo e o planejamento intersetorial. “Embora seja uma doença antiga e prevenível, a sífilis ainda exige um olhar atento e integrado. O enfrentamento passa, sobretudo, por uma assistência qualificada no pré-natal, pela educação sexual e pela sensibilização das comunidades. É preciso garantir que a prevenção e o cuidado cheguem a todos os territórios”, reforçou.
O seminário é também uma ação em alusão ao Outubro Verde
A orientadora da Cepri, Sheila Santiago, lembrou que a vigilância e a atenção primária caminham lado a lado no enfrentamento da doença. “Nada na saúde pública se faz de forma isolada. Cabe à vigilância identificar onde estão os casos e à atenção primária construir, junto aos municípios, planos de ação efetivos. Nosso papel é apoiar, orientar e capacitar as equipes locais, assegurando que a prevenção e o diagnóstico precoce cheguem até as famílias”, afirmou.
O seminário é também uma ação em alusão ao Outubro Verde, mês nacional de luta contra a sífilis e a sífilis congênita, e representou um momento de integração entre diferentes áreas da saúde pública. Ao longo do dia, foram discutidos temas como a qualidade dos dados nos sistemas de informação, a importância da ampliação da testagem rápida e do diagnóstico precoce e o fortalecimento das ações de prevenção nos territórios.
O evento contou ainda com a divulgação do Boletim Epidemiológico da Sífilis 2025, que reúne informações sobre o cenário da doença no estado e subsidia a tomada de decisões e o aprimoramento das políticas públicas. O boletim aponta que, entre 2015 e 2024, foram notificados 68.448 casos de sífilis no Ceará, sendo a maior parte relacionada às formas adquiridas e em gestantes. O documento destaca avanços importantes, como o aumento do diagnóstico precoce durante o pré-natal, a melhoria na qualidade das notificações e a estabilidade das taxas de sífilis congênita nos últimos anos, reflexo do fortalecimento das ações de vigilância e assistência em todo o estado.
A programação incluiu também a apresentação de experiências exitosas de municípios cearenses, que têm obtido avanços significativos na prevenção e no controle da sífilis, e uma conferência sobre o panorama epidemiológico estadual, conduzida por Carlos Garcia Filho, médico e orientador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (Cevep/Sesa).