HGWA orienta: uso racional de medicamentos é estratégia de segurança do paciente
2 de junho de 2025 - 09:00 #farmácia #HGWA #medicamentos #remédios #Segurança do Paciente #SUS
Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão
Registro do plano medicamentoso entregue ao paciente no momento da alta
Garantir que cada paciente receba o medicamento certo, na dose certa, pelo tempo certo e com o menor risco possível: esse é o compromisso diário do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), da rede da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). A equipe de farmácia adota o uso racional de medicamentos como política estruturante da assistência.
De acordo com a farmacêutica e gerente da farmácia da unidade, Anamily Rêgo, o conceito de uso racional de medicamentos, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vai além da prescrição, trata-se de um processo contínuo de cuidado.
“É um pilar essencial para a segurança do paciente e para a qualidade da assistência. Significa que os pacientes devem receber os medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, nas doses corretas, pelo tempo necessário”, ressalta.
A dona de casa Deisiane Santos acompanhou a mãe, Silvia Helena, de 58 anos, durante a alta hospitalar. A paciente, que entrou sem uso de medicamentos contínuos, recebeu alta com a indicação de alguns remédios para uso em casa. Ao receber as orientações da farmacêutica, a acompanhante se tranquilizou.
“Vi que são muitos remédios. Antes não tínhamos esse acompanhamento, mas as explicações foram muito boas. Em casa, terei o controle para acompanhar os horários de cada um”, disse.
A farmacêutica realiza conciliação medicamentosa com acompanhante da paciente durante alta hospitalar
A atuação do farmacêutico clínico é central nesse processo. Ainda na admissão hospitalar, os profissionais realizam a conciliação medicamentosa, um procedimento que consiste em entrevistar o paciente ou cuidador para levantar os medicamentos que estavam sendo utilizados em casa ou em outra unidade de saúde, avaliando, junto à equipe médica, a continuidade ou ajuste do tratamento.
“O farmacêutico tem papel ativo desde a entrada do paciente. A conciliação garante que os medicamentos já utilizados continuem sendo utilizados corretamente, sem interações medicamentosas indesejadas”, explica Anamily.
A farmacêutica Camila Medeiros, que atua na clínica médica do hospital, detalha a prática: “Verificamos com o paciente o que ele tomava em domicílio e no hospital de origem. Avaliamos se ainda é adequado manter esses medicamentos, além de checar interações, duplicidade e a conformidade das receitas, especialmente em casos de medicamentos de controle especial”.
O cuidado segue até a alta hospitalar, momento em que os farmacêuticos elaboram um plano medicamentoso personalizado com todas as orientações para o uso correto dos remédios, prescritos pelo médico, em casa.
“A orientação na alta é uma etapa fundamental para garantir a transição segura do cuidado do hospital para o domicílio. O plano inclui o nome dos medicamentos, dosagens, horários e orientações específicas para o paciente seguir corretamente o tratamento”, afirma Anamily Rêgo.
Camila destaca que o plano é ilustrado e pensado para facilitar a compreensão. “Orientamos bem sobre a importância de tomar corretamente, o que pode acontecer se esquecer ou tomar em excesso e como agir em caso de reações adversas. Também reforçamos a importância de levar sempre a receita nas consultas médicas”, explica.
Adesão ao tratamento
A equipe farmacêutica do HGWA atua de forma integrada com médicos e enfermagem na manipulação de medicamentos
A recomendação é que o plano seja mantido em local visível, como a porta da geladeira, para auxiliar na adesão ao tratamento. Nos casos em que o paciente apresenta uso inadequado de medicamentos ou inconsistências na prescrição, os farmacêuticos atuam diretamente com a equipe médica.
“Sempre pedimos que ele deixe o plano exposto na geladeira ou em um local que esteja sempre à vista e que quando ele for numa consulta, leve a receita médica. Quando há necessidade de ajustes, fazemos o registro no prontuário e contatamos o prescritor ou o plantonista para as adequações necessárias”, finaliza a farmacêutica.