HRVJ orienta sobre cuidados para prevenir tipos de câncer do aparelho digestivo

29 de maio de 2025 - 15:36 # # # # # # #

Assessoria de Comunicação do HRVJ
Texto e fotos: Joelton Barboza

Câncer de reto é o que possui maior incidência entre os tipos digestivos, na unidade

O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realiza o tratamento de 117 pacientes com câncer em órgãos do aparelho digestivo, de um total de 1.358 pacientes oncológicos que estão em tratamento com diversas neoplasias. Desses, 10 são de estômago, 23 gástricos, 36 de orofaringe e 48 de reto.

Nesta quinta-feira (29), Dia Mundial da Saúde Digestiva, o equipamento chama atenção para os sinais que devem ser observados que podem indicar câncer. Se identificados na fase inicial, as chances de cura são grandes. O mecânico Alvaci Nogueira, de 69 anos e morador de Aracati, foi o primeiro paciente a receber alta, no início de 2024. Ele tratava um câncer de estômago. Hoje, realiza acompanhamento regular a cada três meses. “Eu estou muito feliz com essa minha nova fase. Todos aqui na cidade que me perguntam como é o hospital e eu digo que é de primeira qualidade. O atendimento é ótimo e os profissionais são muito atenciosos e cuidadosos com os pacientes”, ressalta.

Principais causas

As principais causas dos cânceres digestivos estão ligadas a fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, consumo de alimentos ultraprocessados, embutidos e carnes processadas, além de baixo consumo de fibras. Infecções como o Helicobacter pylori (H. pylori, associado ao câncer de estômago) e o HPV (associado a câncer de orofaringe) também são causas importantes. Sedentarismo, obesidade e histórico familiar de câncer também contribuem.

O médico oncologista do HRVJ, Bruno Águila, destaca que no mundo, dentro dos cânceres do aparelho digestivo, o câncer colorretal (que inclui o câncer de reto e de cólon) é o mais prevalente. É o terceiro tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e a segunda principal causa de morte por câncer, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso se deve principalmente a hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo e envelhecimento da população.

Relação entre alimentação e saúde digestiva

Alimentação tem papel emocional e social significativo no tratamento oncológico

A nutricionista do HRVJ, Jamille de Lima Santos, explica que o câncer no sistema digestivo, principalmente, pode comprometer a nutrição adequada, levando a situações que necessitam de cuidados especiais. “É indispensável o acompanhamento de um nutricionista e o diagnóstico correto antes de qualquer atitude em relação à alimentação, pois existem situações muito específicas que podem determinar a abrangência da dieta a ser seguida”, explica Jamille.

Ela ainda ressalta que, normalmente, em algum momento do tratamento o paciente irá precisar de restrições alimentares. Algumas delas são evitar alimentos que possam irritar o trato digestivo ou até mesmo agravar os sintomas, como ultraprocessados e bebidas industrializadas, que incluem carnes processadas, pizzas prontas, fast food, salgadinhos de pacotes, biscoitos recheados, refrigerantes e sucos industrializados.

Ela diz ainda que, durante o tratamento oncológico uma alimentação saudável e variada, com ênfase em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e carnes magras, é necessária. “É preciso fornecer todos os nutrientes necessários para a recuperação do paciente, auxiliando na manutenção da saúde e fortalecimento do sistema imunológico, prevenção de complicações e interrupções no tratamento, minimizando os efeitos colaterais e promovendo maior qualidade de vida ao paciente”, explica.

A alimentação tem um papel emocional e social significativo, sendo essencial para o conforto e bem-estar do paciente. “Portanto, adotar uma alimentação saudável não só contribui para a prevenção do câncer, como também promove um bem-estar geral da população”, finaliza.