Rede Sesa promove ações de conscientização sobre higienização das mãos
6 de maio de 2025 - 17:09 #consciência #higiene das mãos #infecção #projeto #saúde #Segurança do Paciente
Assessoria de Comunicação do HGWA, Helv, HGCC, HUC, CCC, HSJ, HRSC e HRC
Texto e fotos: Bruno Brandão, Radene Severiano, Wescley Jorge, Natássya Cybelly, Márcia Catunda, Barbara Danthéias, Avelino Neto e Naiara Carneiro
No HGWA, além dos trabalhadores, os pacientes e os cuidadores também participaram das ações de higiene das mãos
Higienizar as mãos é algo primordial para os profissionais de saúde. O ato é um dos protocolos de segurança do paciente estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As unidades da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) promovem, durante todo o mês de maio, uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial de Higienização das Mãos, celebrado no último dia 5 de maio.
No Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), a programação iniciou com atividades educativas e um desafio que vem envolvendo todos os setores e deve ocorrer durante todo o mês. O médico infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HGWA, Braúlio Matias, explica o objetivo do projeto é de que os colaboradores desenvolvessem uma estratégia de melhorar dentro das suas unidades a adesão de higiene de mãos, como campanhas educativas e instrumentos inovadores.
“Nosso intuito é melhorar a higienização sempre. Deixamos eles livres, com criatividade, para desenvolver essa campanha, baseadas nos cinco momentos de higiene das mãos. O intuito é criar lembretes, campanhas educativas, instrumentos inovadores, jogos, tudo que envolve essa temática. Posteriormente, eles passarão por uma comissão julgadora e serão premiados”, destaca.
Ele lembra ainda da importância em higienizar as mãos o ano todo: “É algo que está inerente a cada dia, a cada segundo, no cuidado de nossos pacientes. Nós temos que higienizar as mãos porque é através de nossas mãos que nós levamos bactérias de um paciente para outro, de um ambiente para um paciente, das minhas bactérias para o paciente e vice-versa”, afirma.
A enfermeira da SCIH, Ana Carolina de Oliveira enfatiza também o uso adequado de luvas na assistência do paciente, mostrando que o uso de luvas não substitui a higienização das mãos. “O uso de luvas de forma inadequada pode potencializar mais ainda as infecções, caso não seja feita a higienização das mãos antes e após colocar a luva. O correto é higienizar as mãos antes e depois de cada momento com o paciente”, orienta.
Helv
Na segunda-feira (5), o Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv) também realizou uma ação especial. A atividade teve como foco conscientizar os colaboradores sobre a importância da prática como medida essencial de segurança no ambiente hospitalar. Durante o momento, os profissionais participaram de jogos interativos, palestras e orientações técnicas sobre a higienização correta das mãos.
O diretor-geral do Helv, Emídio Teixeira, destacou a importância da cultura da prevenção nas unidades hospitalares. “A segurança do paciente começa com atitudes simples e conscientes. Estamos muito felizes em ver o engajamento da equipe em iniciativas como essa, que fortalecem a cultura da qualidade e do cuidado humanizado no nosso hospital”, ressalta.
Houve também um momento de conscientização conduzido pelo médico infectologista e coordenador do SCIH, Severino Ferreira Alexandre, que falou sobre a responsabilidade coletiva no cuidado com o paciente. “A higienização das mãos é um gesto simples que salva vidas. Nosso papel é reforçar essa consciência todos os dias”, destaca.
Já o enfermeiro do SCIH, Samuel Lopes dos Santos, destacou o papel estratégico da data. “O Dia D de higienização das mãos é um momento estratégico e importante para conscientizar os colaboradores acerca da importância e do potencial de higienizar corretamente as mãos”, pontua.
HGCC
Já o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) promoveu, na segunda-feira (5), uma ação, organizada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), que buscou envolver profissionais de saúde, pacientes, acompanhantes e visitantes com atividades interativas e educativas.
Durante toda a manhã, instalações na área comum do hospital, com estações interativas chamaram a atenção de quem passava pelo local. Entre os destaques, estavam o teste da luva com luz negra — que evidencia a presença de microrganismos invisíveis a olho nu —, demonstrações da técnica correta de higienização com álcool em gel e vídeos educativos simulando atendimentos, conectando teoria e prática.
Higienização com álcool 70% com os participantes da ação
A enfermeira da Casa da Gestante, Cacilda Ferreira, reconhece a necessidade de que aconteçam essas ações porque sempre reavivam os passos que devem ser seguidos para a correta lavagem das mãos. “Ver na prática a eficácia é um diferencial, porque a gente percebeu que ao utilizar as luvas, principalmente as luvas de procedimento, elas têm uns microporos, umas aberturinhas que realmente a gente pode se contaminar ou então levar a contaminação das mãos para outras pessoas. Ou seja, a gente deve sempre lavar as mãos antes e após usar as luvas”, reconhece.
O coordenador do SCIH, Valcides Pio, destacou a importância global da data e o papel da campanha de 2025, cujo tema é “Luva às vezes, higiene das mãos sempre”. A iniciativa da OMS busca conscientizar sobre o uso responsável das luvas, sem deixar de lado a obrigatoriedade da higienização das mãos antes e depois do uso desses equipamentos.
“É fundamental que os profissionais de saúde entendam que as luvas não substituem a higiene das mãos. A lavagem correta com água e sabonete líquido ou o uso de álcool a 70% são indispensáveis para garantir a eliminação de microrganismos que comprometem a segurança dos pacientes”, afirmou Valcides.
HUC
No Hospital Universitário do Ceará (HUC), um stand informativo com dinâmicas interativas foi montado no corredor principal da unidade. Com o tema “Luva às vezes. Higiene das mãos, sempre” a campanha conscientiza para o hábito que previne a transmissão de vírus e bactérias. No stand do HUC o público participa de um jogo educativo que traz uma roleta de perguntas e respostas. De forma lúdica e educativa são passadas orientações, como por exemplo, quais os cinco momentos para a higiene das mãos de acordo com o protocolo da OMS.
A enfermeira, Thaylane Ângelo, destaca que a ação é de grande importância, principalmente porque o hospital foi inaugurado há pouco tempo e está desenvolvendo treinamento e capacitação para os profissionais. “É muito importante a gente fazer essa ação da higienização das mãos, principalmente porque o hospital está iniciando os protocolos assistenciais, então a gente precisa fazer esse estímulo e sensibilização com as equipes. A higienização das mãos é a forma mais barata e efetiva em relação à prevenção e controle das infecções”, ressalta.
CCC
Aprendizado com diversão. Esse foi o propósito da ação da campanha de higienização das mãos da Casa de Cuidados do Ceará (CCC). Com o uso da “caixa de higienização das mãos”, também chamada de “caixa da verdade” ou “câmara de luz negra”, a equipe recebeu orientações nos postos de trabalho para fazer uma higiene impecável.
“O momento também contou dinâmicas e músicas, tornando o aprendizado mais interativo e divertido. A ação foi ainda melhor porque a equipe é bem consciente da importância da higienização das mãos e também bastante receptiva”, explica a analista de Educação Permanente da CCC, Daniela Marinho.
HSJ
Em ação alusiva à data, o Hospital São José (HSJ) promoveu a conscientização dos profissionais sobre a forma correta de higienizar as mãos, com atividades lúdicas e distribuição de álcool em gel.
A infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares (SCIH) do Hospital São José, Evelyne Girão, ressalta que a higiene das mãos é a medida mais eficaz para prevenir infecções e salvar vidas, devendo ser realizada sempre antes e após o contato com o paciente. “A campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) desse ano destaca a importância de higienizar as mãos mesmo com o uso de luvas. Embora elas sejam úteis em certos contextos, a higiene das mãos deve ser sempre a primeira medida para prevenir infecções”, reforça a médica.
Com o tema “Luvas, às vezes. Higiene das mãos, sempre”, OMS enfatiza a importância de higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente
Para orientar os profissionais do HSJ sobre a prática correta da higienização das mãos, a equipe do SCIH conduziu um teste com solução alcoólica clorada a fim de observar, em luz fluorescente, se todas as áreas das mãos foram devidamente higienizadas. “Por meio dessa dinâmica, conseguimos orientar como o profissional deve realizar essa higiene das mãos, levando em consideração a técnica correta recomendada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, explica a enfermeira do SCIH, Karine Kimberlly.
Residente multiprofissional em Infectologia do HSJ, o nutricionista Abraão Bruno reconhece que a prática é imprescindível para a segurança do paciente, uma vez que as mãos são as áreas mais vulneráveis à contaminação por microrganismos. “Sempre que eu vou lavar as minhas mãos, eu busco aplicar a técnica correta de higienização, o que ajuda na manutenção do hábito e na prevenção das infecções hospitalares”, compartilha.
HRSC
No Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Rede Sesa em Quixeramobim, o assunto higienização das mãos é levado tão a sério, que o trabalhador que chega na unidade recebe orientação sobre os cinco passos corretos da lavagem das mãos, já no seu primeiro dia de serviço. “Aqui a gente tem muito forte essa preocupação de trabalhar a prevenção das infecções, ainda na admissão”, pontua Ana Amélia Farias, enfermeira coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).
Os vários métodos criados pelo SCIH no HRSC formam uma espécie de força-tarefa, que vai desde o treinamento de equipes do Apoio e não apenas da Assistência, distribuição do Infectômetro, um indicador interno que mede as taxas de diferentes tipos de infecções em cada unidade, e ações de reconhecimento como o Selo Toque Seguro (foto), que certifica aqueles com a melhor média mensal no quesito higienização das mãos.
Como resultado, o HRSC já garantiu 21 meses dentro ou acima da média no indicador. Em 2024, nove dos 12 meses foram dentro ou acima da média, um número que Ana Amélia atribui à soma das ações do setor. “Isso é resultado da cultura organizacional pela qual as equipes são fortemente trabalhadas pelo tema. E não é só um pedido: a gente faz campanha, certificações, tendo a preocupação de levar o assunto para quem está na ponta”, explica.
HRC
No Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Sesa em Juazeiro do Norte, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), com apoio do Centro de Estudos, está percorrendo os setores com uma atividade lúdica e interativa: uma trilha com perguntas e respostas sobre higienização das mãos e uso correto das luvas. Para avançar na trilha, os profissionais devem jogar um dado e acertar as questões propostas.
Quem participou, aprovou a estratégia. “Esse momento foi muito bom. É um conhecimento a mais, que serviu para abrir nossa mente e lembrar que nós devemos sempre lavar as mãos para tocar no paciente. Sempre que concluir, retirar as luvas e higienizar as mãos. Isso é segurança para todos nós, profissional e paciente”, afirma a técnica de enfermagem do setor de traumato-ortopedia, Cícera Alves, após completar a trilha com seu grupo. A ação segue até o fim da semana nos diferentes setores do hospital.