Saúde do Ceará participa de parceria para desenvolver estratégias de combate ao HPV
1 de abril de 2025 - 08:49 #HPV #Juntos contra o HPV #Vacinação
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e fotos:Kelly Garcia
Segundo a coordenadora de Imunização do Ceará, Ana Karine Borges, a intenção é unir esforços para a erradicação da doença
A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil, apresentou o movimento “Juntos Contra o HPV”, iniciativa voluntária voltada para a prevenção do câncer do colo do útero e a promoção da vacinação contra o HPV em evento nesta segunda-feira (31). Voltado aos profissionais de saúde, da educação e líderes comunitários, a capacitação ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).
Segundo a coordenadora de Imunização do Ceará, Ana Karine Borges, a intenção é unir esforços para a erradicação da doença. “Com esses multiplicadores poderemos sensibilizar ainda mais os nossos adolescentes. Com uma linguagem adequada, rodas de conversa e outras estratégias, poderemos trazer mais informação e gerar mais confiança, para que esses jovens possam se vacinar, especialmente os meninos”.
O projeto “Juntos contra o HPV” já está sendo implementado em dez municípios cearenses, segundo a co-fundadora do grupo Mulheres do Brasil, Annette Reeves
O projeto “Juntos contra o HPV” já está sendo implementado em dez municípios da Coordenadoria da Área Descentralizada de Saúde (Coads) de Caucaia, segundo a co-fundadora do grupo Mulheres do Brasil, Annette Reeves. “Desde o início do grupo, a saúde está em nossas prioridades. Entendemos que, se cada um de nós não fizer sua parte, não será possível alcançar os objetivos. E entendemos que, como existe vacina, as pessoas não deveriam estar mais apresentando essa doença. Temos certeza de que o Ceará tem condições de erradicar o HPV e estaremos unindo esforços para isso”, disse.
Vacinação nas escolas
Durante a apresentação do curso de multiplicadores, Ana Karine Borges lançou a estratégia de vacinação nas escolas. “Entendemos que a comunidade escolar pode somar esforços com a saúde para avançarmos nessa estratégia. Queremos, até o dia 31 de maio, fazer um resgate de todas as crianças e adolescentes que ainda não foram vacinados, não apenas contra o HPV, mas também contra o sarampo, as hepatites e outras doenças”, destacou.
A coordenadora destaca que ainda existem muitos adolescentes que não receberam o imunizante. “Iremos realizar o resgate de não vacinados para o HPV. Embora a vacina esteja incluída no Programa Nacional de imunização desde 2014, a cobertura vacinal de 9 a 14 anos para meninas é de 81% e para meninos de 66%. Existem mais de 250 mil adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não foram vacinados. Portanto, iremos aproveitar a oportunidade e realizar a vacinação dos não vacinados durante os próximos meses”.
A assistente social da secretaria de Educação de Coreaú, na região norte do Estado, Edinar Moreira, veio para Fortaleza para buscar mais conhecimento sobre a prevenção do HPV e do câncer de colo de útero. “Já fazemos esse acompanhamento na escola, mas quero aprender mais, para podermos alcançar de forma mais efetiva os nossos alunos adolescentes. Conhecimento nunca é demais”, ressaltou.
A assistente social da secretaria de Educação de Coreaú, na região norte do Estado, Edinar Moreira, foi uma das participantes do evento
Sobre o HPV
O HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) é capaz de infectar pele e mucosas, como boca, genitais e ânus. A infecção é, em geral, assintomática, uma vez que, no início da doença, as verrugas características do HPV não são visíveis a olho nu.
A transmissão acontece principalmente por contato sexual ou, ainda, durante o parto. As principais medidas de prevenção contra o vírus incluem o uso do preservativo nas relações sexuais, a realização de exames preventivos, como o papanicolau, e a vacinação contra o HPV.
Além de tratável, o HPV também pode ser prevenido por vacina, disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos. Hoje, o SUS também disponibiliza o imunizante para homens e mulheres que vivem com HIV, transplantados e pacientes oncológicos entre 9 a 45 anos, além dos usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) de 15 a 45 anos.