Hospital Estadual Leonardo da Vinci completa um ano sem infecções urinárias em pacientes de UTI
9 de janeiro de 2025 - 10:27 #Helv #Hospital Estadual Leonardo da Vinci #UTI
Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual Leonardo Da Vinci
Texto e fotos: Isabelle Azevedo
Certificado reconhece o trabalho da equipe da UTI 7 do Helv
O Hospital Estadual Leonardo da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), alcançou um marco importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. A Unidade de Terapia Intensiva 7 (UTI 7) completou doze meses consecutivos sem casos de infecção do trato urinário (ITU) associada ao uso de dispositivos, como a sonda vesical de demora, técnica que consiste na introdução de um cateter pela uretra até à bexiga para permitir a saída de urina.
A coordenadora de enfermagem da UTI, Priscila Brandão, explica que a ausência de infecção é reflexo da excelência na qualidade da assistência de enfermagem, uma vez que a categoria é responsável pela inserção, o manejo diário e a retirada do dispositivo.
“Dentre as boas práticas adotadas pela equipe, temos um checklist feito antes, durante e após o procedimento, garantindo que práticas como higienização, posicionamento e esvaziamento das sondas sejam seguidas rigorosamente. Ficamos muito felizes com o resultado. É um grande motivo para comemorar. O trabalho é fruto de muita dedicação e competência da equipe de enfermagem”, destaca Brandão.
O técnico de enfermagem Cícero Jorge explica que, no dia a dia, a equipe segue os protocolos institucionais como esvaziar a bolsa coletora regularmente, manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga e realizar visita diária com o médico e o enfermeiro para revisar a necessidade da manutenção do cateter. “Há o acompanhamento de todos os passos críticos e não críticos, visando um procedimento estéril e limpo, que envolve desde a lavagem das mãos, até a inserção, de fato, do dispositivo”, explica o profissional.
A enfermeira Ana Cláudia Ferreira destaca que a comunicação entre a equipe é fundamental para o bom resultado alcançado. “Uma das medidas é observar a identificação das sondas, porque às vezes recebemos sonda sem qualquer identificação. Para isso, fazemos uma busca ativa para ver qual o dia em que o material foi colocado e, quando é um paciente que vem de fora, já fazemos a troca imediata da sonda”, explica a enfermeira.
Qualidade
Cuidado com sondas vesicais é liderado pela equipe de enfermagem com apoio da equipe multidisciplinar
A redução de infecções relacionadas à assistência hospitalar é um dos principais indicadores de qualidade nos serviços de saúde. O trabalho, liderado pela equipe de enfermagem, conta com o apoio do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da unidade.
A médica infectologista que acompanha a UTI 7, Lorena Mendes, destaca a importância do resultado. “A infecção do trato urinário é uma das mais prevalentes em pacientes de terapia intensiva, mas também pode ser fácil de prevenir. O sucesso reflete a dedicação da equipe em adotar práticas seguras e eficientes de manejo dos dispositivos”.
Entre as medidas adotadas estão a retirada precoce da sonda vesical quando o paciente não apresenta mais necessidade, o uso alternativo de sistemas como o “uropen” e o cuidado no manejo diário dos dispositivos. “Essas práticas evitam desfechos desfavoráveis, especialmente em pacientes graves que já enfrentam outras condições críticas. É importante ter uma infecção a menos, que pode ser evitada”, acrescenta a médica.
A infectologista explica ainda que, no Helv, a meta é manter o padrão alcançado e expandir as boas práticas para todas as UTIs, garantindo segurança e bem-estar aos pacientes. Ao todo, a unidade possui 59 leitos, distribuídos em três UTIs.
“Nas outras UTIs do hospital, o trabalho segue para alcançar a manutenção da negatividade de infecções, como conseguimos no sétimo andar. Alguns setores têm conseguido manter períodos sem infecções, mas ainda enfrentam desafios para sustentar esse resultado por um ano completo. Continuamos trabalhando para atingir esse indicador, garantindo assim uma assistência mais segura para todos os pacientes”, afirma Mendes.