Agosto Dourado: Sesa realiza seminário e lança cartilha sobre aleitamento materno
26 de agosto de 2024 - 17:24 #agosto dourado #aleitamento materno #amamentação
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto:Kelly Garcia
Fotos:Fátima Holanda
A titular da Seaps, Vaudelice Mota, representou, no evento, a secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) lançou, nesta segunda-feira (26), a cartilha “Aleitamento Materno: Qualidade Ouro para a Criança”, voltada para a orientação de mães, pais e famílias sobre a importância da amamentação. O lançamento ocorreu durante o seminário “Amamentação: apoie em todas as situações”, que ocorreu no Nível Central. Confira a cartilha aqui.
O documento é parte integrante da implantação e fortalecimento das Políticas de Saúde do Ceará e foi produzido e organizado pela Secretaria de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Seaps) da Sesa, por meio da Coordenadoria de Políticas e Gestão do Cuidado Integral à Saúde.
A titular da Seaps, Vaudelice Mota, representou, no evento, a secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho. Ela destacou a importância do trabalho dos coordenadores dos bancos de leite humano para o incentivo ao aleitamento materno. “A amamentação é um ato da maior importância que traz inúmeros benefícios tanto para a mãe, como para o bebê, especialmente nas primeiras horas de vida e os coordenadores têm um papel fundamental nessa rede”, destacou.
De acordo com a coordenadora das Redes de Atenção à Saúde da Sesa, Rianna Nobre, esse evento pretende traçar estratégias para apoiar essa prática. “O leite humano é o alimento mais completo para o bebê. No entanto, para produzir, a mãe precisa ter uma rede de apoio para vencer desafios como a falta de conhecimento com relação à pega correta e à boa alimentação. Dessa forma, os bancos de leite estão preparados para orientar, apoiar, ensinar e também receber doações dessas mães”, explicou.
O objetivo da cartilha, segundo a coordenadora de Políticas da Gestão do Cuidado Integral à Saúde da Sesa, Luciene Alice, é orientar, além das mães e famílias, também os profissionais da atenção primária quanto aos benefícios do aleitamento materno. “Essa é uma das principais estratégias para a redução da mortalidade infantil. Nossa intenção, com esse documento, é orientar a mulher e os profissionais de saúde sobre os benefícios e as principais dificuldades para implementar essa prática, desde o seu pré-natal. Isso, para prevenir problemas e sensibilizar os profissionais”, disse.
O objetivo da cartilha, segundo a coordenadora de Políticas da Gestão do Cuidado Integral à Saúde da Sesa, Luciene Alice, é orientar os profissionais da atenção primária e as mães quanto aos benefícios do aleitamento
No seminário, houve ainda a posse do Comitê Estadual de Incentivo ao Aleitamento Materno e a apresentação da Rede Materno-Infantil, com representantes de todo o Estado.
No seminário, houve ainda a posse do Comitê Estadual de Incentivo ao Aleitamento Materno
Dificuldades e desafios
Para a enfermeira obstetra Tamires Lopes, que hoje atua na área do aleitamento materno em Limoeiro do Norte, amamentar foi um dos maiores desafios da sua vida. No entanto, o caminho difícil gerou benefícios não apenas para ela, mas para as mães de toda a região e dos hospitais de Fortaleza.
“Depois do nascimento da minha filha, há seis anos, eu me especializei em consultoria de amamentação. Mesmo com fissuras e outras complicações na mama, eu consegui prosseguir e amamentei até os dois anos e três meses. Com a minha experiência e de outras amigas, iniciamos um projeto de doação de leite humano em vários municípios da região do Jaguaribe para os hospitais de Fortaleza, na época da pandemia, com o apoio das prefeituras, que se encarregavam do transporte”, relata.
Outra experiência apresentada durante o seminário foi a da psicóloga Estrela Rodrigues. Ela aponta como desafios, o medo da dor e as adaptações por ser uma pessoa com deficiência visual. “Na segunda gestação, eu tinha bastante medo porque, por ser psicóloga perinatal, ouvi muitas histórias ruins. No entanto, não tive ferimentos, nem choro ou dor. A equipe que me atendeu na maternidade não tinha muita experiência com mães cegas, como eu. No entanto, deu tudo certo, porque contei com o apoio da minha família, especialmente para a pega correta”.
Para o aleitamento ser bem sucedido, a psicóloga pontua o apoio dos familiares. “Meu marido ficou comigo tanto no hospital, quanto durante a licença-paternidade. Também fez a diferença o apoio da minha mãe e das minhas sobrinhas, que eram técnicas em Enfermagem e ajudaram a posicionar o bebê corretamente”.
A enfermeira Nara Silveira, que integra o Programa de Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, esteve no evento para mostrar como é feito o trabalho das Salas de Apoio às Mulheres que Amamentam, presentes em 20 postos de saúde. “No momento do teste do pezinho, aproveitamos para informar essas novas mães sobre o aleitamento e identificar as possíveis dificuldades. Nas salas, também arrecadamos doações de leite humano para o Hospital Infantil Albert Sabin”, ressalta.
Sobre a doação de leite humano
A doação de leite humano é um ato voluntário de mulheres que estão amamentando. Elas doam leite excedente para ser processado e distribuído com qualidade certificada aos bebês hospitalizados, preferencialmente aqueles que nasceram prematuros e/ou com baixo peso. São crianças que ainda não podem ser alimentadas diretamente ao seio materno e suas mães, nesse momento, têm grande dificuldade de produzir e retirar leite.
Atualmente, o Ceará possui nove bancos de leite humano, 28 postos de coleta de leite materno e 16 salas de apoio à mulher trabalhadora que amamenta, certificadas pelo Ministério da Saúde. Os equipamentos citados atuam na prevenção à desnutrição e à mortalidade infantil.