APLV: experiência do Ceará é levada à Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição
26 de junho de 2024 - 10:31 #Alergia à Proteína do Leite de Vaca #APLV #Apresentação #brasília #CNS
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto:Evelyn Ferreira
O superintendente da Região de Fortaleza, Ícaro Borges, e o assessor especial da SRFor, Elvis Fonseca, conduziram a apresentação em Brasília
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), através da Superintendência Regional de Saúde da Região de Fortaleza, foi convidada para apresentar, em Brasília, os resultados exitosos do protocolo e do Programa Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), construídos para lidar com pacientes acometidos pela alergia. A apresentação ocorreu nesta nesta terça-feira (25), durante a reunião da Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN) do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
O protocolo foi elaborado em 2019 e é aplicado no Centro de Especialidades do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS). Segundo Aline Lacerda, coordenadora do programa APLV da Sesa, o programa “funciona com o atendimento de uma equipe interdisciplinar, juntamente com o uso das fórmulas, que é o que trata a alergia alimentar. Não é um programa de dispensação de fórmula. É um programa que cuida do paciente como um todo”.
Apresentação aconteceu na tarde desta terça-feira (25)
Para ela, “é uma honra para o Estado do Ceará ter esse reconhecimento do Ministério da Saúde e ser citado como um programa modelo”. A coordenadora afirma ainda que a apresentação do modelo utilizado no Ceará contribuirá para “fomentar para outros estados a importância dessa linha do cuidado com o paciente alérgico”.
De acordo com Ícaro Borges, Superintendente Regional de Saúde da Região de Fortaleza, “a construção do protocolo veio como uma necessidade do Ceará devido à quantidade de crianças que estavam sendo diagnosticadas com alergia à proteína do leite de vaca. Foi construído esse protocolo baseado em estudos científicos e em portarias ministeriais, trazendo orientações quanto à inserção da criança dentro de um programa de APLV”.
Ainda de acordo com o superintendente, atualmente está em construção um novo protocolo, aperfeiçoado, para atender às demandas existentes atuais. Ele afirmou também que o Ceará é um dos estados brasileiros que mais investe no programa APLV, estando previstos para a área mais de R$ 32 milhões até o final do ano.
APLV
Ao todo, o Programa APLV no Ceará atende cerca de 3.700 pessoas no Estado – 60% delas são residentes de Fortaleza. A distribuição das fórmulas para pacientes cadastrados acontece a cada 31 dias, e as reavaliações são feitas a cada três ou seis meses. A primeira consulta é agendada pela Central de Regulação, após encaminhamento de postos de saúde, seja para residentes da Capital ou de municípios do Interior.
A alergia é caracterizada pela reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente à caseína (proteína do coalho), e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina). O leite materno é apropriado para a maioria das crianças com alergia ao leite de vaca e deve ser sempre estimulado como primeira opção.
Conforme o protocolo do Governo do Ceará, a fórmula é concedida a crianças de até três anos. A partir dessa idade, o produto é destinado somente a pacientes com diagnóstico de esofagite eosinofílica comprovado em biópsia, desnutrição ou alergia múltipla com restrição a, no mínimo, três alimentos entre leite, soja, trigo, ovo, castanhas/nuts, mariscos, carne e frango. A Secretaria da Saúde ressalta que, independentemente do fornecimento do insumo, todas as crianças alérgicas são acompanhadas por médicos e nutricionistas.