HRN promove encontro para atualização de fluxo de encaminhamento de pacientes com AVC

8 de maio de 2024 - 16:19 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Texto e fotos: Teresa Fernandes

O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Sobral, promoveu na terça-feira (7) o Encontro de Atualização de Fluxo de Encaminhamento de Pacientes para a unidade de atendimento a pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O evento reuniu cerca de cem representantes da Região de Saúde Norte. A unidade de AVC do HRN conta com dez leitos de AVC Agudo e dez de Subagudo. Em 2023, 640 pacientes chegaram à unidade. Em 2024, até abril já foram 207 pacientes atendidos.

Atualização de fluxo de encaminhamento de pacientes contemplou profissionais dos municípios da Região Norte

A principal forma de chegada de pacientes à unidade de AVC do HRN é através da regulação do Samu 192 Ceará. Após a aprovação da equipe, o paciente com suspeita de AVC dentro de janela, ou seja, com até quatro horas e meia do início dos sintomas, é direcionado para o hospital. Outra forma de entrada é pela emergência. A coordenadora de enfermagem da unidade de AVC e de neurocirurgia do HRN, Ana Carolina Mesquita, reitera a necessidade de seguimento dos fluxos. “O objetivo é atualizar os profissionais para que os fluxos possam melhorar e cada vez mais pacientes sejam beneficiados“, define.

Durante a apresentação dos dados, o coordenador médico da unidade de AVC do HRN, Espártaco Ribeiro, reforçou que o AVC é uma das maiores causas de morte e de incapacidade no Brasil, deixando sequelas irreversíveis. “O AVC Isquêmico é causado por uma obstrução arterial. É como um ‘infarto cerebral'”, define. A trombólise, tratamento realizado no HRN, tem como objetivo desobstruir a artéria e é indicado para os casos de AVC isquêmico. Em AVCs hemorrágicos, quando há ruptura de artéria, não há indicação de uso da medicação, pois pode haver risco de intensificar o sangramento, agravando os sintomas e até causando a morte do paciente. “Precisamos priorizar os pacientes que são elegíveis de receber a medicação, tomar a decisão e ajudar a reverter sequelas graves”, explica.

Ribeiro reforça que não é possível definir clinicamente qual o tipo de AVC do paciente, mas é sempre indicado fazer o processo de regulação com o Samu 192 Ceará e encaminhar o paciente o mais rápido possível para a unidade de AVC do HRN para que seja realizado um exame de imagem, a tomografia. Cerca de 63% dos AVCs são isquêmicos. Após o atendimento na fase aguda, os pacientes seguem no AVC Subagudo para investigar as causas do AVC. O médico explicou que o objetivo é que os leitos tenham alta rotatividade e que os pacientes permaneçam por cerca de 72 horas. Em AVCs hemorrágicos, quando há ruptura de artéria, a referência é a Santa Casa de Sobral.

“O AVC é como um ‘infarto cerebral”, define o coordenador médico da unidade de AVC do HRN, Espártaco Ribeiro

Interação

O diretor-geral do HRN, Carlos Hilton Albuquerque Soares, ressaltou a importância desses momentos educativos. “São agendas importantes que vamos promovendo para aproximar as várias vertentes assistenciais desde a atenção primária e secundária da rede e outros hospitais terciários para promovermos saúde. É um processo educativo, cultural”, reforça. Soares explicou que as apresentações com os demais serviços da Rede também estão programadas para outros eixos, como cuidados paliativos, cirurgia vascular e obstetrícia.

Emanuele Sales, que representou a superintendência da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) da Região Norte, reforçou a importância do evento. “O objetivo desse momento é alinhar os fluxos para que não entardeça o atendimento aos nossos pacientes”, define Sales.

Roberto Capote Júnior, coordenador médico da Central de Regulação do Estado, completou lembrando a importância da chegada do paciente dentro do período da janela terapêutica. “No AVC, tempo é cérebro. No atendimento ao paciente vítima de AVC, trazê-lo dentro da janela de tempo é fundamental. São quatro horas e meia desde o início dos sintomas até ele estar tomando a medicação na veia. Esse momento é ímpar para livrá-lo das complicações secundárias”, reforça Capote Jr.