Hospital Regional Norte começa a executar cirurgias de correção de espaço craniano em bebês; procedimento era realizado apenas em Fortaleza
28 de março de 2024 - 10:19 #bebês #Cirurgias #Cranioestenose #Hospital Regional Norte
Assessoria de Comunicação do HRN
Texto: Teresa Fernandes
Fotos: Teresa Fernandes e divulgação
Cirurgia de correção de cranioestenose tem dois objetivos principais: a ampliação do espaço craniano para que o cérebro se expanda e a correção do formato
O serviço de neurocirurgia do Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa) em Sobral, começou a promover o tratamento cirúrgico da cranioestenose, condição congênita que compromete a forma e o tamanho do crânio, prejudicando o desenvolvimento adequado do cérebro. A correção da deformidade deve ser feita prioritariamente entre os 4 e 8 meses de idade das crianças. A primeira cirurgia do tipo no HRN foi realizada na sexta-feira (22).
A operação foi conduzida pelo neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, do Hospital Albert Sabin (Hias), também da Rede Sesa; pelos neurocirurgiões do HRN, Paulo Roberto Lacerda Leal, Helano Luiz Gomes Barbosa, Keven Ferreira da Ponte e Gerardo Cristino; e pela anestesista Fernanda Castro.
O coordenador do Serviço, Paulo Leal, ressaltou que a cirurgia de tratamento da cranioestenose já era realizada no Hias, em Fortaleza, mas a partir desse primeiro procedimento a expectativa é de que a maior parte dos pacientes da Região Norte não precise mais se deslocar para a capital. “Nós estávamos dependentes da transferência dessas crianças para o Hospital Infantil Albert Sabin, mas com a qualidade e infraestrutura técnica do HRN, nós pudemos desenvolver essa parte da neurocirurgia aqui mesmo, evitando o transporte e o deslocamento dessas famílias do interior para a capital”, avalia.
É importante que a população conheça a condição para tratar as crianças na época certa, segundo Jucá. “Cranioestenose é o fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas. Sutura é aquela região do crânio que fica no limite entre os ossos e é ali que acontece o crescimento do crânio, dando espaço para a expansão do cérebro justamente na época em que o cérebro humano mais se expande, que é durante o primeiro ano de vida”, explica.
Há duas consequências da cranioestenose: a alteração do formato do crânio e a restrição à expansão do cérebro. “São dois objetivos importantes na cirurgia: a ampliação do espaço craniano para que o cérebro se expanda e a correção do formato, e é importante que essa correção seja feita ainda dentro do primeiro ano de vida para que a criança tenha os benefícios em sua plenitude”, detalha.
O neurocirurgião do HRN, Gerardo Cristino, reforça que o Serviço de Neurocirurgia do HRN funciona desde 2013 com um parque tecnológico, além de neurocirurgiões e neuroanestesistas capacitados para realizar cirurgias de alta complexidade, tanto de crânio, como de coluna, medula e nervos periféricos. Cristino acrescentou que, em relação à neurocirurgia em crianças, já eram realizadas cirurgias dos tumores cerebrais, cistos e o tratamento das hidrocefalias.
A equipe de médicos neurocirurgiões foi composta pelo neurocirurgião pediátrico, Eduardo Jucá (Hias), e pelos neurocirurgiões do HRN, Paulo Roberto Lacerda Leal, Helano Luiz Gomes Barbosa, Keven Ferreira da Ponte e Gerardo Cristino, além da anestesista Fernanda Castro
A primeira criança a realizar a cirurgia de cranioestenose no HRN foi Artur Nóbrega de Freitas, de 7 meses, que mora com a família em Quiterianópolis. A mãe da criança, a assistente de escritório de contabilidade Antonia de Maria Nóbrega do Nascimento Freitas, 32, comemora que o tratamento da criança tenha sido feito no HRN.
“Se não fôssemos conseguir o tratamento aqui, precisaríamos ir para Fortaleza e em Sobral tudo se torna mais perto”, avalia. Ela conta que Artur teve suspeita de outras condições de saúde como a hidrocefalia antes de chegar ao diagnóstico de cranioestenose, mas logo após a confirmação, a criança já foi indicada para a cirurgia. O pai da criança, agente de trânsito Mailson Freitas, 34, elogiou o atendimento da equipe, em especial do médico que acompanhou Artur. “Profissional muito humano”, define.
Família do bebê Artur, de 7 meses, comemorou que a cirurgia do filho pôde ser feita mais perto de casa