Pediatria do HGWA recebe projeto de conscientização sobre protocolo sepse

26 de fevereiro de 2024 - 11:02 # # # #

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão

O momento da apresentação abordou a importância de reconhecer os primeiros sinais para a doença

Os cuidados, orientações e a importância de abrir o Protocolo Sepse, quando necessário, estão sendo disseminados na pediatria do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), em Messejana. A ação, acompanhada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), tem como intuito expandir o diálogo sobre a doença em todos os setores assistenciais. Resultado de uma parceria entre a unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e o Instituto Latino Americano para Estudos da Sepse (Ilas), ela já ocorreu na ala adulta do equipamento.

A sepse, doença potencialmente grave desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção, é um problema tratável e curável, principalmente quando percebida em seus sintomas iniciais. Para orientar os profissionais, especificamente na pediatria, foram feitas apresentações da importância da abertura precoce do protocolo. Entre as ações, como forma de engajamento, houve uma votação para a frase mais representativa do tema entre os colaboradores, cartas de feedback com elogios e oportunidades de melhoria.

Profissionais de saúde da pediatria da unidade estão cada vez mais engajados com a iniciativa em disseminar o protocolo

A enfermeira da SCIH e case manager da sepse no HGWA, Cristiane Araújo, esclarece que o principal objetivo é identificar de forma precoce sinais que possam ser de piora infecciosa e tratar de maneira rápida e oportuna. “É importante que no primeiro sinal da sepse as medidas sejam tomadas dentro das primeiras horas. Por esta razão é de extrema importância a sensibilização da equipe médica, de enfermagem e demais profissionais para o acionamento preciso do Protocolo Sepse”, pontua.

A pediatra e coordenadora médica da pediatria do HGWA, Auristela Pimentel, destaca que a proposta é que o trabalho não seja uma ação isolada, mas sim uma atividade contínua, que mude a cultura da equipe. Ela já pontua algumas práticas que ganharam força desde o início das primeiras atividades. “Melhoramos muito o engajamento e a sensibilização para o diagnóstico da sepse. Toda a equipe multiprofissional está treinada e estimulada a suspeitar de sepse e acionar o protocolo. Esperamos otimizar a condução desses pacientes”, afirma.

Profissionais recebem bóton como forma de engajamento

A especialista diz ainda que os sintomas da sepse aparecem dentro de um quadro infeccioso, e podem ser febre alta ou hipotermia, frequência cardíaca aumentada ou reduzida, frequência respiratória elevada. “São sintomas de fácil percepção, desde que a equipe esteja treinada e sensibilizada. Uma forma de evitar a evolução para sepse é realizando o tratamento das infecções em tempo oportuno”, explica.

A diretora clínica do HGWA e pediatra, Lorena Freitas, completa que a unidade tem sido bastante sensível para fortalecer as medidas de combate à sepse, além do eixo adulto, expandindo as ações para o setor pediátrico. “Foram várias reuniões ao longo de meses, onde atualizamos nosso protocolo vigente e desenhamos fluxos otimizados do acionamento do protocolo ao gerenciamento desses dados, de forma institucional. Neste momento estamos realizando na nossa unidade a campanha “Sepse: um olhar além pode salvar” cujo slogan foi escolhido por votação. Diversas atividades foram programadas com o objetivo de estimular o rastreio precoce da sepse e esperamos que a campanha contribua para salvar mais vidas”, finaliza.