Dois municípios cearenses recebem Selo Prata rumo à eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis
3 de janeiro de 2024 - 11:04 ##sífilis congênita #HIV #prevenção #transmissão vertical
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Kelly Garcia
Foto: Bárbara Danthéias
Para evitar a transmissão vertical da Sífilis e do HIV, as gestantes devem fazer o pré-natal, com todos os testes e cuidados disponíveis no Sistema Único de Saúde
As cidades de Juazeiro do Norte e Iguatu receberam do Ministério da Saúde a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical (TV) do HIV e Sífilis. Juazeiro do Norte foi certificada com o Selo Prata HIV e Iguatu, com o Selo Prata Sífilis. A cerimônia de entrega aconteceu em Brasília, em dezembro. Além dessas duas cidades cearenses, outros 71 municípios de todo o Brasil também ganharam esse reconhecimento.
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada durante a gestação ou a amamentação. Para evitar esse tipo de transmissão, as gestantes devem fazer o pré-natal, com todos os testes e cuidados disponíveis no Sistema Único de Saúde, que dispõe de insumos para prevenção, diagnóstico e tratamento, como preservativos, testes rápidos e laboratoriais, fórmula láctea, antibióticos e antirretrovirais.
A Saúde do Ceará, por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep), assessora os municípios, com a realização de cursos e oficinas em todas as Regiões de Saúde, para prevenir a transmissão dessas doenças.
Para a coordenadora da Covep, Ana Maria Cabral, esse reconhecimento é resultado do bom trabalho desenvolvido pela Sesa, em parceria com o Ministério da Saúde e os municípios. “Estamos felizes de, mais uma vez, dois municípios cearenses serem reconhecidos pelo trabalho realizado com as gestantes e suas parcerias sexuais, a exemplo de Sobral, que, no ano de 2022, foi o único municípios do Nordeste a ser Certificado para a Eliminação da Transmissão Vertical do HIV”.
A orientadora de célula da vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis e não transmissíveis da Sesa, Juliana Alencar, destaca que esse é um trabalho contínuo. “Estaremos trabalhando para inserir mais municípios nessa certificação e na eliminação da transmissão vertical de sífilis e HIV, sendo imprescindível que toda a rede esteja articulada e fortalecida para conseguirmos alcançar novas metas”.
A titular da secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte, Andreia Landim, ressalta a importância da parceria com a Sesa para essa certificação. “O município manteve um excelente contato com a Secretaria para auxílio, orientação e a qualificação das nossas equipes, com diversas reuniões, em que se explicou o passo a passo para essa nossa conquista”, ressaltou.
Segundo a secretária de Saúde de Iguatu, Dulce Viana, a próxima meta é a eliminação dessas doenças no município. “Há dois anos, estamos desenvolvendo ações e capacitando os profissionais e, hoje, comemoramos esse reconhecimento. Agora, queremos conquistar o selo ouro, com a erradicação”, disse.
Sobre o selo
A certificação de eliminação é feita conforme critérios e etapas estabelecidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para participar, as cidades devem ter, pelo menos, 100 mil habitantes, manter critérios básicos e alcançar as metas de eliminação a partir dos indicadores de impacto e de processo. O Selo de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis nas categorias bronze, prata ou ouro é conferido às localidades que alcançaram indicadores próximos da eliminação. No Ceará, hoje, oito municípios têm esse perfil populacional.
Essa certificação é uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa ação, é feito um aprimoramento das atividades de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, parcerias sexuais e crianças, além da qualificação da vigilância epidemiológica e dos sistemas de informação, monitoramento e avaliação contínua das políticas públicas voltadas à eliminação da transmissão vertical do HIV e da Sífilis no Brasil.