SVO Ceará é referência por experiências exitosas; direção de instituição do RN buscou intercâmbio, em visita nesta quinta (26)

27 de outubro de 2023 - 17:21 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e fotos: Kelly Garcia

A diretora do SVO do RN, Liliane Marques, veio a Fortaleza para aprender mais com as experiências exitosas da instituição cearense, que se destaca nacionalmente

A diretora do Serviço de Verificação de Óbito do Rio Grande do Norte, Liliane Marques, esteve, nesta quinta-feira (26), em visita ao Serviço de Verificação de Óbito Dr. Rocha Furtado (SVO), unidade vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O objetivo foi aprender mais com as experiências exitosas da instituição cearense, que se destaca nacionalmente. “Hoje, temos destaque nacional por conta tanto da realização de necropsias, como da qualidade das declarações de óbitos emitidas. Temos uma estatística de mais de 99% das declarações com causa básica bem definida. Estamos em segundo lugar no Brasil, com esses números. Só estamos abaixo de São Paulo”, explica a diretora da unidade cearense, Anacélia Gomes de Matos.

De acordo com a diretora do SVO do RN, o equipamento cearense tem vários setores que podem ser implantados naquele Estado, o que pode levar mais agilidade para a pesquisa e a elucidação das causas de morte. “Uma das inovações que me chamaram a atenção é que vocês têm um núcleo de epidemiologia implantado no próprio sistema, assim como o SVO Móvel, que vai até as residências. Isso tudo é um avanço que a gente pretende implantar no nosso Estado”, disse.

A diretora do Serviço de Verificação de Óbito Dr. Rocha Furtado (SVO), Anacélia Gomes de Matos, recepcionou a diretora da instituição do Rio Grande do Norte

Outro destaque do Ceará é que o Estado é o segundo no Brasil a implantar a Autópsia Minimamente Invasiva no país, uma técnica alternativa para elucidar casos de importância epidemiológica. Além disso, o equipamento se destaca pela agilidade no diagnóstico das causas de morte, principalmente as de importância epidemiológica, como por meningite, tuberculose, arboviroses e outras doenças de notificação compulsória. “O SVO ainda tem importante papel no campo social exercido pelas assistentes sociais, desde o acolhimento até a checagem da liberação do auxílio funeral para  famílias em situação de vulnerabilidade”, cita a gestora do SVO do Ceará. 

Além disso, um processo já consolidado no Estado que serve de exemplo é a regulação, com um médico disponível. “Na nossa rotina, trabalhamos com agendamento através das funerárias só até às 17 horas. Aqui no Ceará, existe um atendimento prévio realizado por uma assistente social e um médico, prestando todas as informações necessárias antes do encaminhamento do corpo ao SVO. Isso faz toda a diferença”, relata.

SVO Ceará se destaca pela agilidade no diagnóstico das causas de morte

Com cerca de 6.500 atendimentos ao ano, o Serviço de Verificação de Óbito Dr. Rocha Furtado (SVO) completou 18 anos em 2023. “Ao todo, são necropsiados aproximadamente dois mil corpos por ano, o que dá uma média de 150 procedimentos realizados por mês, o que consideramos uma demanda bastante alta. Para melhorar ainda mais os serviços que ofertamos 24 horas, estamos fazendo uma reformulação do necrotério e do laboratório, o que irá impactar positivamente nos processos de trabalho”, ressalta a diretora do SVO Ceará.

A instituição atua no esclarecimento das causas dos óbitos de morte natural em situações em que não houve assistência médica ou sem elucidação diagnóstica, mesmo com assistência médica.

O diagnóstico da causa real do óbito possibilita benefícios para a comunidade, com impacto positivo na saúde e na proteção social, permitindo a elaboração de políticas de saúde, aumentando a eficácia das ações. Além disso, atua no combate e controle de doenças que ameaçam a vida da população.

Para melhorar ainda mais os serviços ofertados 24 horas, o SVO cearense está fazendo uma reformulação do necrotério e do laboratório

Entre os setores que se destacam para os bons resultados do trabalho desenvolvido pela unidade, está o Núcleo de Epidemiologia e o Centro de Estudos. “No SVO Fortaleza, temos acadêmicos de várias áreas, como medicina, serviço social e enfermagem, tanto de universidades públicas, como de instituições privadas. Com o Núcleo de Epidemiologia, fazemos a vigilância do óbito e assim, fornecemos dados valiosos para a Sesa elaborar políticas públicas para a prevenção de doenças”, pontua Anacélia Gomes.