Sesa e Ministério da Saúde integram oficina de planejamento para campanhas de vacinação no Estado

24 de agosto de 2023 - 17:07 # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e fotos: Levi Aguiar

As Oficinas de Microplanejamento atuam na elaboração de métodos para estimular a busca da população por imunizantes nas diferentes regiões do País

A vacinação desempenha um papel único na prevenção de doenças, proteção da saúde pública e promoção do bem-estar da população. Para atualizar as estratégias de campanhas de imunização, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) participou, nos últimos três dias (22, 23 e 24 de agosto), da “Oficina de Microplanejamento para as Atividades de Vacinação de Alta Qualidade”, promovida pelo Ministério da Saúde.

O evento, que ocorreu na Capital do Ceará, contou com a participação de profissionais da saúde pública também dos estados da Paraíba, Piauí e Alagoas. Entre os métodos discutidos para estimular a busca da população por imunizantes, estão as ações educativas, acesso facilitado e comunicação eficaz e regionalizada.

Na ocasião, 20 representantes de órgãos da saúde pública do Estado — incluindo setores da atenção básica, imunização, saúde indígena e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems) — participaram das oficinas. Após as capacitações, a equipe estadual realizará oficinas nas diferentes regiões de saúde dos 184 municípios cearenses, reproduzindo e aperfeiçoando o conhecimento desenvolvido.

A coordenadora-geral de incorporação científica em imunização do Ministério da Saúde, Ana Catarina de Melo, explica que o aumento dos índices de vacinação é fundamental para prevenir doenças, controlar epidemias e gerar segurança em viagens internacionais

“Quando a população de um país não está vacinada e tem contato com vírus de alta transmissibilidade, os indivíduos adoecem, reintroduzem e disseminam o vírus no país. Nesse caso, é inaceitável registrar casos de adoecimentos, sequelas e mortes por doenças que são evitadas através das vacinações”, finaliza.

A Oficina Regional de Microplanejamento é composta por equipes dos Estados do Ceará, Paraíba, Piauí e Alagoas

Multivacinação regionalizada

As mobilizações foram idealizadas como uma preparação para a Campanha Nacional de Multivacinação para atualizar o calendário de vacinas de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. No Ceará, a Campanha acontecerá entre os dias 30 de setembro e 14 de outubro.

A campanha terá como objetivo atualizar o esquema vacinal e avançar nos indicadores de imunização, reduzindo os riscos de reintrodução de doenças que já foram eliminadas e controladas pela imunização, além de retomar as altas coberturas vacinais no país.

A coordenadora de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, ressalta que, em um cenário em que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) completa 50 anos, “nós temos um quadro de baixas coberturas e acúmulo de crianças não vacinadas, apesar de o Ceará ter ultrapassado a média de vacinação no País. Nesse caso, o risco de reintrodução de doenças imunopreviníveis (sarampo e poliomielite) é grande, até porque somos um Estado turístico, por isso precisamos manter nossa cobertura vacinal elevada”, diz.

O grupo cearense é composto por profissionais de setores da atenção básica, imunização, saúde indígena e Cosems

Metodologias distintas para cada região do Ceará

O microplanejamento é uma metodologia idealizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para atingir as metas de vacinação, a partir do arranjo sistemático das atividades de imunização e com ampla participação de líderes e comunidades. Durante a criação, a metodologia considera as características regionais, porte populacional, recursos humanos e financeiros de cada lugar.

Ana Catarina de Melo explica que a Oficina de Microplanejamento tem o intuito de compreender qual é a melhor estratégia para aquela localidade, sempre partindo das demandas do território. “A ação deve ser pensada de baixo para cima. Cada Estado, município e bairro tem sua realidade. Nós precisamos identificar a situação de saúde dos territórios e definir quais são as estratégias necessárias para reverter as baixas coberturas”, pontua.