Vacinação fortalece sistema imunológico de pacientes com comorbidade e reduz o risco de complicações
28 de julho de 2023 - 12:06 #comorbidade #doenças infecciosas #imunização #paciente com comorbidade #Vacinação
Assessoria de Comunicação da Sesa e do CIDH
Texto: Levi Aguiar e Thiago Mendes
Fotos: Thiago Mendes e Tiago Stile (Governo do Ceará)
A vacinação é usada para prevenir e controlar doenças infecciosas. Foto: Tiago Stile/ Gov. do Ceará
As comorbidades podem enfraquecer o sistema imunológico e tornar as pessoas mais suscetíveis a complicações graves por doenças infecciosas. A melhor forma de fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de complicações é através da vacinação. Entre os imunobiológicos recomendados para adultos no geral – com ou sem comorbidade – estão covid-19, tríplice viral, hepatite B e febre amarela.
A coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ana Karine Borges, explica que a definição de comorbidades está na ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas no mesmo paciente, ao mesmo tempo, que tornam estas mais suscetíveis a outras doenças e infecções. Por exemplo, um paciente pode apresentar um quadro de uma hérnia de disco e ter outras doenças relacionadas (comorbidades), como obesidade e diabetes.
“Os portadores de comorbidades possuem condições clínicas que os tornam mais vulneráveis a infecções, assim é importante a completude do esquema vacinal, pois a imunização desempenha um papel crucial na redução do risco de complicações e óbitos”, relata Ana Karine Borges.
Há dez anos em tratamento contra a diabetes no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), unidade da Sesa, Mônica dos Santos (52) acredita que, além dos cuidados diários com a alimentação e prática de exercícios físicos, a melhor forma de prevenir doenças é através da vacinação. “Eu tive lesão nos pés e estou tratando para que a situação não se agrave. Estou cuidando da minha saúde e com todas as vacinas em dia. A imunização é a melhor forma de prevenir doenças”, conta Mônica.
Mônica dos Santos tem 52 anos e há dez anos é paciente do CIDH. Foto: Thiago Mendes/ CIDH
A enfermeira do CIDH, Nubia Uchôa, explica que perguntar sobre vacinação é rotina na triagem da unidade. “Tudo que diz respeito à prevenção, nós perguntamos. Indicamos aos pacientes com vacinas pendentes que vão ao posto de saúde e peçam ao profissional para entrar no sistema e resgatar o histórico de vacinas”, explica.
Diabetes e hipertensão
A diabetes e a hipertensão são patologias associadas à inflamação sistêmica do corpo, que compromete o equilíbrio do metabolismo. Com isso, as infecções podem afetar com maior gravidade pessoas com essas doenças, principalmente quando o indivíduo estiver descompensado, ou seja, com altas taxas de açúcar no sangue ou com a pressão desregulada.
A endocrinologista e diretora-geral do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), Cristina Façanha, explica que todas as formas de prevenção de doenças são importantes para ajudar as defesas do organismo, inclusive as vacinas. “A hipertensão e a diabetes são patologias inflamatórias, que levam a uma grande reação inflamatória sistêmica. Isso compromete a habilidade do sistema imunológico de defender o corpo contra micro-organismos externos que causam doenças, por isso é importante estarmos todos vacinados”, pontua.
De acordo com guia publicado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), as vacinas “especialmente recomendadas” aos pacientes com diabetes são: influenza, pneumocócicas conjugadas (VPC10 ou VPC13), pneumocócica polissacarídica, hepatite B, varicela e herpes zóster. Cada um desses imunizantes têm recomendações diferenciadas de aplicação.
Caso o paciente esteja com o calendário vacinal atrasado, o recomendado é procurar a unidade básica de saúde e buscar orientação.
Além das vacinas citadas, a diretora do CIDH ressalta a importância da vacinação contra a covid-19. “Para se vacinar contra a covid-19, para quem não se vacinou ainda ou está com a dose de reforço em atraso, é preciso procurar o serviço de saúde do seu município”, finaliza.