ESP/CE 30 Anos: uma escola feita de memórias e pessoas

24 de julho de 2023 - 12:28 # # #

Assessoria de Comunicação da ESP/CE
Texto: Daniel Araújo
Fotos: Raiane Ferreira

Ao longo dos últimos 30 anos, a memória da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) vem sendo tecida a partir do próprio curso das narrativas que ajudaram a construir o Sistema de Saúde do nosso Estado. Mas, para além de uma história escrita por eventos estruturantes, existem as pessoas, agentes fundamentais para o curso de toda instituição democrática e plural.

A autarquia estadual vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que no último dia 22 de julho completou 30 anos, segue modulando saberes e práticas baseadas nas vivências e referências dos personagens presentes na sua linha do tempo. Uma dessas figuras é Batista Tomaz, 65. A trajetória do atual assessor de Desenvolvimento Educacional da ESP/CE mistura-se com a da instituição.

Os caminhos do equipamento e o de Batista se cruzaram em 1996. A convite da então superintendente, Silvia Mamede (1995 – 2002), o gestor, à época, secretário de Saúde do município de Fortim, decide vir para Fortaleza e inicia um trabalho como educador pela instituição. Ao longo dos últimos 27 anos, Tomaz capacitou trabalhadores da educação profissional a pós-graduandos e pôde somar com a gestão de todos os oito superintendentes da ESP/CE.

   Batista Tomaz, assessor de Desenvolvimento Educacional da ESP/CE, atua na instituição há 27 anos

“Desde então venho contribuindo, junto com minha equipe, para o desenvolvimento educacional do órgão, conduzindo o processo de elaboração e atualização do Projeto Político Pedagógico (PPP) e capacitando docentes, tomando sempre como base os mais recentes conhecimentos produzidos no campo da educação, portanto, numa educação baseada em evidências, como o desenho de currículos baseados em competências e a utilização de metodologias ativas de aprendizagem”, pontua.

O exercício prático da gestão

Assim como Batista, a servidora Irlene Rodrigues, 64, estabelece uma relação com a ESP/CE que atravessa a linha cronológica da instituição. Ela lembra da sua chegada ao órgão público por meio do convite feito pela ex-superintendente, Anamaria Cavalcante (2003 – 2006). De 2004 até hoje, a gestora acumula uma experiência que se desdobra desde a estruturação da área de Tecnologia da Informação do equipamento até a operacionalização da Gerência Administrativa, seu atual setor.

“Aqui somos desafiados todos os dias a sermos melhores”, reflete Irlene Rodrigues sobre o trabalho na ESP/CE

“Fazer parte do time da ESP/CE me enche de gratidão. Aqui, somos desafiados todos os dias a sermos melhores, a vencer obstáculos, buscar sonhos e enfrentar qualquer batalha com coragem. Juntos, somos mais do que colaboradores cumprindo nossos respectivos trabalhos. Somos como uma família, unida para crescer cada vez mais”, reflete.

A experiência como reflexo do tempo

Essa “voz da experiência” também é partilhada por Maria Elci Galvão. A assessora jurídica, que esteve presente no lançamento da Pedra Fundamental de criação da ESP/CE, conta que foi convidada pelo primeiro superintendente, Frederico Silva (1993 – 1995), em 1993, para assumir a Procuradoria Jurídica da instituição. “Apesar de feliz com o convite, não aceitei, pois era recém-formada e entendia que, mesmo possuindo a teoria, faltava-me maturidade para assumir o cargo”, relembra Elci.

A assessora jurídica Elci Galvão participou de momentos históricos da instituição, como o lançamento da Pedra Fundamental do órgão em 1993

Passada uma década, a gestora volta a contribuir na área jurídica da autarquia a convite da então superintendente, Anamaria Cavalcante e Silva, em 2004. Entre 2017 e 2023, Elci esteve responsável pela Gerência de Avaliação e Seleções do órgão, colaborou na execução de 158 processos seletivos, que juntos, contaram com mais de 38 mil participantes, além de ter contribuído diretamente na elaboração e lançamento de livros no campo da gestão pública cearense lançados pela ESP/CE.

Atualmente, está à frente da Assessoria Jurídica, local onde tudo começou na sua relação com o equipamento. “Convite este que me faz transbordar de orgulho e vontade de continuar contribuindo com o fortalecimento do Sistema de Saúde por meio da educação”, conclui a gestora de carreira.

Entre memórias e livros

O bibliotecário Santiago Araújo acumula 28 anos de vivências e lembranças dentro do órgão público

O eixo do ensino foi a base pela qual o bibliotecário Santiago Araújo, 65, decidiu deixar sua parcela de contribuição no cotidiano da ESP/CE. De 1995 até hoje, ele acumula 28 anos de vivências e lembranças dentro do órgão público. Entre livros e estantes, a Biblioteca da ESP/CE (Besp) é parte integrante do modo como o profissional se vê hoje.

“A Escola me proporcionou grandes aprendizados por ter me possibilitado exercer todas as funções que um bibliotecário pode assumir na especificidade da sua profissão. A gente se forma, mas aprende mesmo é na execução do trabalho. Aqui, sempre tive e tenho a oportunidade de vivenciar tudo isso aliado à muita prática”, destaca.

Acolhida aos recém-chegados

Mas a ESP/CE também é o somatório daquelas pessoas recém-chegadas ao seu quadro. E foi nesse fluxo que a enfermeira Gabriela Cardoso, 31, bolsista da Gerência de Educação Permanente em Saúde (Geduc), tem vivido os seus pouco mais de 30 dias sendo parte da instituição.

O olhar da egressa da turma V da Residência Multiprofissional em Saúde (Resmulti) ainda traz esse tom de “primeiros contatos” com todos os fluxos, processos e pessoas do equipamento, mas suas expectativas para o exercício profissional já estão bem definidas.

Egressa da Residência Multiprofissional, Gabriela Cardoso destaca a experiência na instituição como “enriquecedora”

“A experiência na ESP/CE é enriquecedora por lidarmos com a gestão da educação e termos a possibilidade de contribuir com a formação dos profissionais de Saúde de todo o estado, ao mesmo tempo em que passamos a compreender melhor também sobre tópicos diversos como a Educação Permanente e o Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Quando ela pensa no ambiente dessa “Casa da Educação na Saúde”, o sentimento é um só: “Espero que ela exista por muitos e muitos anos, porque sei da sua importância na defesa e fortalecimento do SUS e do impacto positivo que ela tem dado a toda a sociedade cearense”, projeta.