Sesa capacita profissionais de saúde para diagnóstico precoce de anomalias congênitas; treinamento visa à redução da mortalidade infantil

19 de julho de 2023 - 15:11 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e fotos: Márcia Catunda

Evento contou com a presença de representantes de pastas e órgãos da saúde

A Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa) promoveu, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), a Oficina de Capacitação sobre o Diagnóstico e Notificação de Anomalias Congênitas no Pré-natal e Nascimento, nesta terça-feira (18). O evento, que ocorreu no auditório do Hotel Escola Doroteias, no Castelão, teve o objetivo de debater com profissionais pediatras e geneticistas que atuam desde o pré-natal até a alta do recém-nascido sobre a importância da notificação de registros dessas anomalias e planejar políticas públicas, a fim de diminuir a mortalidade infantil.

 

Sensibilizar profissionais para a importância da notificação correta e detalhada de anomalias congênitas foi o objetivo principal do evento

“Nosso foco, nesse evento, é conscientizar os profissionais sobre a importância do registro, pois quanto mais detalhes tivermos, melhor o planejamento de políticas públicas estratégicas para esses casos”, explica a médica geneticista e uma das palestrantes do evento, Denise Carvalho de Andrade. Na ocasião, ela apresentou estudos de caso, como o de outubro de 2015, quando foi percebido um aumento de casos de microcefalia no Brasil devido ao surto de zika vírus.

 

“A anomalia congênita é uma das principais causas de mortalidade infantil. Ela está presente desde o nascimento da criança e muitas vezes causa deficiência. Mesmo quando é um caso mais simples, impacta diretamente na vida do bebê e da família”, acrescenta a médica.

 

O evento foi uma iniciativa da Secretaria Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional (Seade) e Coordenadoria de Redes de Atenção à Saúde (Coras) da Sesa.

Segundo o Ministério da Saúde, 23% dos óbitos de crianças de até um ano de vida são causados por anomalias não identificadas corretamente. “Por isso estamos com esse projeto de promover oficinas para profissionais que atuam no pré-natal, parto, até a alta do recém-nascido, inclusive com visitas nas maternidades”, pontua João Matheus Breem, representante da pasta.

Além do registro, é fundamental inserir o máximo de informações para evitar a mortalidade infantil, conforme explica Ellaine Carvalho, também palestrante do evento e médica do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC). “Buscamos ensinar como descrever uma anomalia e como registrar, pois sabendo as causas é possível traçar ações de prevenção”, finaliza.