Junho Violeta: Serviço Social das UPAs realiza atendimento a idosos que sofrem violência

5 de junho de 2023 - 17:02

Assessoria de Comunicação das UPAs
Texto:Márcia Catunda
Foto: Hiane Braun (Casa Civil)

O Junho Violeta é uma campanha criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2006, com o objetivo de conscientizar a população sobre a relevância de combater a violência cometida contra os idosos. Além disso, o dia 15 de junho foi reconhecido pela instituição como Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano de 2050 o número de idosos triplicará e passará dos atuais 400 milhões de pessoas para 1,2 bilhões no mundo. A OMS define ainda as situações de violência contra pessoas mais velhas como aquelas que prejudicam a integridade física e emocional da pessoa, impedindo ou anulando seu papel social. E as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), através do Serviço Social, realizam atendimento aos idosos vítimas de violência, seja ela física, por abandono, por negligência ou patrimonial.

O tipo de violência que faz com que as pessoas idosas procurem de imediato as UPAs, é a violência física. Outros tipos de violência são identificadas após a entrada da pessoa idosa na unidade por conta de outras demandas clínicas. Estas são acolhidas, acompanhadas pelo assistente social da UPA que fará as articulações institucionais e encaminhamentos necessários aos órgãos e equipamentos de outras políticas públicas”, explica Danielle Claudio de Brito, coordenadora do Serviço Social das UPAs.

As UPAs recebem, em média, 8 a 10 casos do tipo por mês. A maior demanda são de idosos que sofrem violência doméstica, negligência ou abandono. Além da prioridade no atendimento garantida por lei, o idoso recebe acolhimento da equipe multidisciplinar da unidade. “O Serviço Social atua em constante e direta interação e comunicação com colaboradores de outras categorias, na garantia da prioridade do atendimento, do acolhimento, no compartilhamento de informações sobre a situação do paciente e seu contexto na unidade, fazendo a devida mediação entre unidade de saúde, família e comunidade com o objetivo de garantir a segurança do paciente e resolutividade do caso”, pontua Danielle.

Após o momento de acolhida e escuta, há articulação da equipe do Serviço Social com os equipamentos da política de assistência social e da justiça para dar continuidade no acompanhamento ao paciente e à família. A parceria existe com diversos equipamentos da Política de Assistência Social como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), além de órgãos da justiça como a Promotoria da Pessoa Idosa, Ministério Público e delegacias.