Hospital de Messejana é o primeiro do Brasil a receber certificação de qualidade para serviço de ecocardiografia
9 de maio de 2022 - 13:26 #Ceará #Certificação #ecocardiografia #hospital de messejana #Reconhecimento #saúde #Sociedade Brasileira de Cardiologia
Assessoria de Comunicação do HM
Texto e foto: Jéssica Fortes
Ao todo, foram 68 serviços inscritos em todo o País e avaliados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia; certificação tem validade de dois anos
Qualidade dos processos e segurança do paciente são dois requisitos indispensáveis para a assistência em saúde. Atestar essas exigências por meio de comprovações tem se tornado cada vez mais relevante. Na última semana de abril, o serviço de ecocardiografia do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) recebeu o reconhecimento “de qualidade por distinção de exames diagnósticos cardiológicos”, concedido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) via Departamento de Imagem Cardiovascular (DIC), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). É a primeira vez que este tipo de serviço é certificado no Brasil.
Para Daniel de Sousa, diretor-geral do HM, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a avaliação confirma a qualidade do trabalho executado e garante ainda mais segurança para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e para os profissionais que atuam no equipamento. “O eletrocardiograma é um exame diagnóstico de extrema importância do ponto de vista assistencial e, por ser um hospital de alta complexidade, referência em Cardiologia e formador de novos especialistas, receber essa certificação nos dá ainda mais expertise e nos incentiva a buscar crescimento contínuo”, diz
A avaliação, iniciada em 2018, funcionou como um piloto e foi específica para os laboratórios de imagem cardiológicos. O DIC promoveu seleção criteriosa seleção por meio da inscrição dos programas dispostos a participar do processo. Ao todo, foram 68 serviços inscritos em todo o País. O Hospital de Messejana e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) foram selecionados pela Comissão de Certificação junto à Presidência do DIC.
A cardiologista e coordenadora do projeto no HM, Sandra Falcão, explica que a conquista é um grande passo. “Tivemos um novo olhar sobre o serviço, redesenhamos os fluxos, padronizamos protocolos; os dados passaram a ser mais detalhados e mensurados. Tivemos muitos treinamentos. Tudo para otimizar os processos de trabalho e garantir mais qualidade e segurança para os pacientes. É só o começo das melhorias”, pontua.
Falcão também lembra o longo caminho percorrido até a certificação. “Iniciamos o processo em setembro de 2019, quando ocorreu a primeira visita de diagnóstico. A segunda foi em março de 2020. Por causa da pandemia, o processo final acabou sendo adiado e, em paralelo, o serviço precisou se adaptar à nova realidade mundial. Na última semana de abril deste ano, foi realizada a avaliação final. Para a nossa alegria, fomos certificados”, comemora.
Exame diagnóstico
O ecocardiograma é um dos principais exames diagnósticos de imagem não invasivos. Indicado para avaliar a estrutura e a função do coração, as imagens são feitas por meio de aparelho de ultrassom e de programas de computador. O serviço de ecocardiografia do Hospital de Messejana realiza, em média, 1.600 exames por mês, conta com cinco salas de procedimentos e 26 médicos especialistas, além de enfermeiros, técnicos em Enfermagem e administrativos.
“O ecordiograma é um dos exames mais solicitados dentro da Cardiologia, e o HM é centro de referência para todo o Ceará e para outras regiões do País. Isso faz com que nosso fluxo seja ainda maior. O exame é muito importante na chegada e na alta dos pacientes; é ele que, muitas vezes, norteia a conduta que será tomada no tratamento; avalia toda a fisiologia do coração. Atestar a qualidade do nosso serviço foi um grande desafio, mas nós conseguimos alcançar um ótimo resultado. Trabalhamos com metas ousadas e buscamos as melhores práticas em saúde”, reconhece o cardiologista e coordenador do serviço do HM, Cezario Antônio Martins.
A certificação tem validade de dois anos e as manutenções ocorrem a cada oito meses. Participaram da iniciativa diversos setores da unidade, como o Escritório da Qualidade, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), o Núcleo de Segurança do Paciente, a Gerência de Risco e a Unidade de Pesquisa Clínica, que encabeçou o projeto.