Paciente internado em UTI do HRC tem desejo de cortar o cabelo e fazer a barba realizado por enfermeira
14 de março de 2022 - 11:54 #Barbeiro #Ceará #Corte de Cabelo #Hospital Regional do Cariri #hrc #saúde #UTI #valorização de pessoas
Assessoria de Comunicação do HRC
Texto e fotos: Valéria Alves
A enfermeira Nathalia Pereira decidiu realizar o desejo de Dorgival e correu atrás de um profissional e das autorizações necessárias
Há dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Dorgival de Sousa Pereira, 52, disse para a enfermeira Nathalia Pereira que queria cortar o cabelo e fazer a barba antes da conversa diária por chamada de vídeo com as filhas que estão no Rio de Janeiro. O paciente está internado no Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
A enfermeira decidiu realizar o desejo de Dorgival e correu atrás de um profissional e das autorizações e cuidados necessários. O barbeiro e policial Eugênio Rodrigues topou o desafio. Após todo o serviço realizado, o paciente se preparou e ficou pronto para conversar com as filhas, que ficaram admiradas em vê-lo de cabelos cortados e barba feita. Durante a chamada de vídeo, vários familiares participaram e agradeceram pelo cuidado.
O barbeiro e policial Eugênio Rodrigues topou o desafio e deixou Dorgival pronto para conversar com as filhas
Além de melhorar a autoestima do paciente, a atitude também refletiu no quadro de saúde. Segundo Pereira, Dorgival estava utilizando ventilação mecânica e, ao longo do dia, por saber que cortaria o cabelo e falaria com as filhas, apresentou melhora e o procedimento foi suspenso.
Dorgival conversa por chamada de vídeo com as filhas que estão no Rio de Janeiro
O barbeiro Eugênio Rodrigues falou sobre a emoção de participar do momento e de ter entrado para a história do HRC. A enfermeira Nathalia Pereira afirmou que não foi a primeira vez que atendeu a um pedido do tipo, mas que os casos geralmente não eram divulgados. Para ela, “cuidar vai além de tratar as feridas e administrar medicamentos. É também reconhecer que em um pedido simples, é possível curar a alma”, disse, ressaltando que é necessário que os profissionais se coloquem no lugar dos pacientes.