Pediatra do HRN orienta sobre cuidados com as crianças no período chuvoso

22 de fevereiro de 2022 - 13:57 # # # # # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Texto e foto: Teresa Fernandes


Emergência da unidade é a única de porta aberta na região Norte do Estado

Anualmente, no período de chuvas, há um aumento de demandas de crianças com viroses respiratórias e gastrointestinais. Casos com sintomas mais leves podem ser conduzidos em casa ou nas unidades básicas de saúde, enquanto casos graves devem ser levados para as emergências. O setor pediátrico do Hospital Regional Norte (HRN), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), é o único de porta aberta da região Norte do Estado destinado a pacientes de maior complexidade.

“Há um aumento de demanda de crianças neste período do ano. São doenças sazonais, que vêm com as chuvas e, geralmente, em uma proporção bem elevada, são causadas por vírus tanto respiratórios quanto os que causam alterações gastrointestinais”, explica a coordenadora médica da Emergência Pediátrica, Maria Stella Monteiro.

A médica ressalta que os vírus respiratórios mais comuns nesta época são os adenovírus, o vírus sincicial respiratório, o H1N1 (causador da influenza) e os coronavírus. Dentre os que acometem o trato gastrointestinal, os principais são o rotavírus e o enterovírus.

Em um quadro viral respiratório, em geral, a criança pode apresentar coriza, dor de garganta, febre, tosse e desconforto durante a respiração. Caso a criança esteja bem alimentada e com leve coriza, pais ou responsáveis devem observar o desenvolvimento da doença. Um sinal de alerta de que os pequenos devem ser conduzidos a um serviço médico é se houver febre associada a outros sintomas como falta de apetite ou se apresentar desconforto respiratório. “O médico é quem vai desenhar a melhor conduta para aquele momento”, acrescenta Monteiro.

Em relação ao quadro gastrointestinal, os sinais mais comuns são náuseas, vômitos, diarreia com ou sem sangue, febre e falta de apetite. A presença de sangue nas fezes, febre, vômitos repetidos, falta de apetite e escassez de urina indicam que a criança está desidratada.

Até levar o filho para o atendimento médico, é necessário hidratá-lo e, se necessário, dar algum remédio para febre. “Se a criança está vomitando, posso oferecer pequenas quantidades de água e procurar atendimento médico”, indica a médica.

Prevenção

Para evitar doenças respiratórias, a orientação é manter a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%; evitar aglomerações; usar máscara em crianças maiores de dois anos; e manter atualizada a caderneta de vacinação. “Temos a vacina da covid e o Plano Nacional de Imunização com todas as doenças virais que são preveníveis. Colocar a vacinação em dia é uma forma de evitar que as crianças tenham essas doenças preveníveis”, avalia.

Em relação às viroses gastrointestinais, a prevenção continua sendo a higienização das mãos e dos alimentos, em especial frutas e legumes. “A contaminação pode se dar da mesma forma que as viroses respiratórias, por gotículas, e também por meio de alimentos contaminados com bactérias”, diz Monteiro.