“Fast track”: UPAs implantam técnica para otimizar atendimento diante da elevação de casos de síndromes gripais

18 de janeiro de 2022 - 11:12 # # # # #

Assessoria de Comunicação das UPAs 24h
Texto: Márcia Catunda
Fotos: Divulgação/UPAs 24h


Método possibilita agilizar a execução de tarefas e, de forma estratégica, administrar o fluxo de pacientes conforme recursos e profissionais disponíveis

Em meio ao aumento na demanda por atendimento, principalmente de casos de síndrome gripal, a direção das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais geridas pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) reforçou o quadro de equipes e otimizou processos de admissão, além das melhorias na triagem dos pacientes. A elevação nas ocorrências, principalmente nos últimos 30 dias, é observada em unidades públicas e privadas de todo o País e está atrelada ao período de sazonalidade e ao crescimento de casos de Covid-19, impulsionado pela variante Ômicron.

Para aprimorar o acesso dos cidadãos aos serviços, houve uma readequação de escalas médicas e de equipes de Enfermagem. “Adotamos o fast track, método utilizado para diminuir as filas nas emergências, buscando agilizar o atendimento, dando fluidez à fila. A aceitação foi muito boa, tanto por parte dos pacientes, como pela equipe de saúde”, explica Patrícia Santana, diretora de Cuidados e Saúde das UPAs geridas pelo ISGH. “Saímos de cerca de 250 de atendimentos por dia no mês de novembro para, em média, 344 por dia, em dezembro. Por isso, adotamos o fast track diariamente, até quatro vezes em 24h, nos horários de maior movimento”, detalha Santana.

O termo fast track é originado da língua inglesa e pode ser traduzido como “rastreamento rápido”. Por meio desta prática, a unidade de saúde pode agilizar a execução de tarefas e, de forma estratégica, administrar o fluxo de pacientes conforme recursos e profissionais disponíveis.

A estratégia, recomendada pelo Ministério da Saúde desde o início da pandemia, busca promover uma triagem mais rápida e eficiente, possibilitando a adequação da unidade às necessidades da demanda e a manutenção das medidas de prevenção indicadas pelos especialistas em saúde, além de uma assistência completa ao paciente.

“A equipe multidisciplinar das UPAs se divide entre a assistência aos pacientes em observação e os cuidados de pacientes do pronto atendimento. Mesmo com o aumento de profissionais de saúde com atestado médico, por motivos de doença, mantivemos nosso compromisso em completar as escalas profissionais. Além disso, há pacientes que também serão transferidos para outras unidades hospitalares”, pontua Santana.

Sobre as UPAs

As UPAs são responsáveis por concentrar os atendimentos de saúde de urgência e emergência de média complexidade, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica e a atenção hospitalar. Os equipamentos funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como variação de pressão, febre alta, fraturas, cortes e acidente vascular cerebral (AVC).


Integram a rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) as UPAs Messejana, Praia do Futuro, José Walter, Canindezinho, Autran Nunes e Conjunto Ceará

“A UPA inova ao oferecer estrutura simplificada, com raio-x, eletrocardiografia, Pediatria, laboratório de exames e leitos de observação”, diz Camila Machado, diretora-geral das UPAs geridas pelo ISGH.

Classificação de risco nas UPAs

As unidades prestam um serviço especializado, respeitando o grau de priorização do atendimento por gravidade de cada caso, aferido por meio de um sistema de classificação de risco executado por profissionais de nível superior em Enfermagem, garantindo, assim, segurança na avaliação.

“Deve-se prestar um atendimento médico resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro atendimento a casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade”, afirma Camila Machado.


UPAs prestam serviço especializado, respeitando o grau de priorização do atendimento por gravidade de cada caso

A classificação de risco é baseada no Protocolo de Manchester, que permite a identificação da prioridade clínica e a definição do tempo recomendado até a avaliação médica, caso a caso.

“Diante disso, idosos são atendidos primeiro, de acordo com a classificação recebida. Por exemplo, se o idoso é classificado como verde, ele será atendido como prioridade, dentro das pessoas classificadas como verde. Os classificados como amarelo e laranja irão ser atendidos primeiro, independentemente da idade, devido à urgência ser maior”, esclarece Patrícia Santana. “Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas”, acrescenta.

Serviços oferecidos nas UPAs

As UPAs possuem atuações junto aos hospitais de referências do Estado para referenciar, em vaga zero, pacientes acometidos por doenças como AVC e infarto agudo do Miocárdio (IAM). São realizados nos equipamentos exames laboratoriais, radiológicos e eletrocardiogramas, como forma de apoio diagnóstico e terapêutico.

Cada unidade conta, atualmente, com equipes de Enfermagem e médica que inclui médico emergencista infantil e adulto, além de cirurgião-dentista e assistente social. Fazem parte do escopo da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) as UPAs Messejana, Praia do Futuro, José Walter, Canindezinho, Autran Nunes e Conjunto Ceará.