Profissionais de saúde do HGWA promovem conscientização sobre diabetes para pacientes

19 de novembro de 2021 - 11:12 # # # #

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto e fotos: Bruno Brandão


Francisco Graciano, 57, teve de amputar a perna direita devido a complicações causadas pela diabetes

Doença sem cura, mas que pode ser evitada, tratada e controlada. No mês em que se celebra o Dia Mundial do Diabetes, no último dia 14 de novembro, o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), reforça o trabalho de prevenção e cuidados com a doença crônica. Somente em uma das clínicas da unidade, 30% dos pacientes internados possuem o diagnóstico de diabetes. Os números impulsionam o trabalho de conscientização para os pacientes que, muitas vezes, não seguem o tratamento e são acometidos pelas complicações do diagnóstico.

É o caso de Francisco Graciano, 57, que está internado no HGWA após amputação da perna direita, no último mês de outubro, realizada no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), também da Rede Sesa. Com fatores genéticos e deixando de seguir a dieta e orientações recomendadas pelos profissionais de saúde, o pedreiro teve de conviver com os riscos da diabetes. Após o procedimento, ele voltou a ser internado para concluir o tratamento pós-cirúrgico.

“Eu fui diagnosticado com diabetes há mais de 15 anos. Interrompi o tratamento por um tempo, mesmo com as indicações, e cheguei nessa situação. Iniciei há quatro meses os cuidados com a perna, após uma infecção, e tive de cortar os dedos, uma parte do pé. Após a indicação do médico, fui encaminhado para a amputação. Agora, em casa, irei continuar o tratamento com a insulina e seguir a dieta. Fica o aprendizado”, diz Graciano.


Médica endocrinologista, Amanda Vasconcelos acompanha diariamente diversos casos de pacientes com diabetes no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara.

A médica endocrinologista Amanda Vasconcelos Freitas explica que o trabalho de prevenção é justamente para evitar situações extremas como esta, onde seja preciso amputar membros e causar a incapacidade do paciente. “Sempre orientamos os internados no acompanhamento ambulatorial que a diabetes não tem cura, mas tem controle. Tudo isso depende de realizar uma boa alimentação, atividade física e o uso regular das medicações. Um pé, uma úlcera infectada ou até precisar de uma diálise devido a uma doença renal por causa da diabetes, a cegueira, infarto, AVC, são diversas situações em que a diabetes interfere”, pontua.

A endocrinologista afirma que sempre existe a investigação para entender o motivo da complicação desse paciente. “Recebemos muitos pacientes com diabetes e suas complicações. Semanalmente, temos uma visita multidisciplinar e percebemos que a maioria dos nossos pacientes das enfermarias apresentam a diabetes como comorbidade. Eles podem estar internados por outras doenças, mas têm a diabetes presente. Estamos sempre alertando nossos pacientes e seus acompanhantes. A doença é prevenível e tem tratamento”.

Campanha

Na próxima semana, a equipe da Clínica Médica irá promover ações de conscientização sobre a diabetes. Serão realizadas rodas de conversa com acompanhantes, pacientes e os próprios profissionais de saúde, além de divulgação de orientações sobre a doença nos flanelógrafos e televisões institucionais.

Na segunda-feira (22), haverá palestra com o setor de Nutrição; o tema será “Mitos e verdades sobre alimentação para pacientes diabéticos”. Na terça-feira (23), uma ação com a equipe de Enfermagem debaterá formas de prevenir lesões. Já na quarta (24), haverá uma roda de conversa sobre tratamento da diabetes e suas principais complicações. No dia seguinte, um almoço temático ocorrerá no refeitório da unidade.