Hospital São José realiza mais de 350 mil exames laboratoriais nos sete primeiros meses de 2021

9 de agosto de 2021 - 09:58 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HSJ
Texto:
Diego Sombra
Fotos: Tatiana Fortes/Gov. do Ceará


Em média, foram feitos 50.138 exames por mês na unidade hospitalar

Naira Nogueira da Silva possui HIV e é acompanhada há quase duas décadas por especialistas do Hospital São José (HSJ), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Além de ter acesso a consultas e medicamentos, a jovem, hoje com 34 anos, também faz os exames de que necessita na unidade. “Aqui, eu sempre fui muito bem atendida e consegui fazer todos os exames, desde os mais simples até os mais complexos, como o de genotipagem [identificação de alterações genéticas que causam determinada doença em indivíduos de uma família]”, conta.

Entre janeiro e julho deste ano, o São José realizou 350.966 exames laboratoriais, uma média de 50.138 por mês. O laboratório do HSJ possibilita o diagnóstico das mais diversas doenças infectocontagiosas tratadas no hospital, como arboviroses, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), tuberculose e Covid-19, responsável por grande parte das internações registradas na unidade nos últimos dois anos.

“O diferencial do laboratório é que ele permite, a partir de testes rápidos, a identificação de doenças agudas. Essa agilidade é fundamental para definir o tipo de tratamento e indicar a necessidade de isolamento, o que acontece nos casos de tuberculose e meningite, por exemplo”, explica Tânia Mara Coelho, diretora técnica do HSJ. O laboratório realiza exames de pacientes provenientes do Ambulatório, da Emergência e das unidades de internação.

Em média, cerca de 50 pessoas previamente agendadas são atendidas por dia, além da demanda espontânea de outros pacientes com encaminhamento médico. “Essa característica faz com que a gente consiga trabalhar com agilidade na liberação de resultados. A pessoa faz um exame hoje e, em até duas horas, o resultado deve estar sendo liberado”, afirma Ítalo Cavalcante, farmacêutico bioquímico e coordenador do laboratório.


O laboratório do HSJ conta com 54 funcionários e atende, em média, cerca de 50 pacientes por dia

Contando com um parque tecnológico moderno e diversificado, o laboratório do HSJ contempla diferentes especialidades clínicas, realizando exames nas áreas de Bioquímica, Imunologia, Microbiologia, entre outras. “Cada vez mais, nós investimos em automação. Nosso laboratório é 95% automatizado e conta com equipamentos de ponta, como os de biologia molecular, que fazem o diagnóstico de tuberculose e de Covid-19”.

Ao todo, 54 funcionários atuam no laboratório, sendo um médico, 15 farmacêuticos, 27 auxiliares e técnicos, além de 11 colaboradores responsáveis por atividades de apoio. Francisco José Alves, de 33 anos, faz parte desta equipe. A atuação do técnico no laboratório varia de acordo com a escala, podendo ser na área de coleta de amostras, processamento de exames e no setor de Microbiologia, onde é possível caracterizar e identificar microrganismos.

Além de ter ciência da importância de sua função para o hospital, o profissional conta que não abre mão do atendimento humanizado aos pacientes. “Quando a gente tá na coleta, a gente vê que, muitas vezes, a pessoa só precisa de uma palavra de apoio. A gente tem esse papel humano, também. Afinal, estamos lidando com vidas. É gratificante pra mim ver, por meio dos exames, a melhora do paciente. Eu tô vendo aonde meu trabalho tá chegando”, relata.


Agilidade nos testes é fundamental para definir o tipo de tratamento e indicar a necessidade de isolamento

Atuação durante a pandemia

Com o início da pandemia e a confirmação dos primeiros casos de coronavírus, o laboratório do Hospital São José passou a ter um papel ainda mais relevante. Ao longo do ano passado, foram realizados 390.265 exames laboratoriais na unidade. A incidência de pacientes internados com suspeita ou confirmação da Covid-19 requereu celeridade na coleta de amostras e na liberação dos resultados para otimizar a assistência prestada pelas equipes do HSJ.

Entre os exames mais importantes para pessoas acometidas pela doença, Ítalo Cavalcante destaca a gasometria arterial, que verifica se as trocas gasosas estão ocorrendo da maneira correta no paciente ou se há necessidade de oxigênio extra. “Para os pacientes que estavam intubados, esse era um exame essencial, pois, com ele, a equipe da assistência definiria a conduta adequada a cada caso”, pontua.