Primeiros pacientes cirúrgicos do Helv têm alta após retomada de procedimentos
23 de julho de 2021 - 10:00 #Ceará #cirurgia eletiva #covid-19 #Hospital Leonardo da Vinci #saúde
Assessoria de Comunicação do Helv
Texto e fotos: Débora Morais
Com redução da curva de Covid-19 em Fortaleza e no Interior, o hospital voltou a atender a necessidade da rede pública de reduzir a fila cirúrgica no Estado
Os primeiros pacientes operados após a retomada de mutirão de cirurgias eletivas do Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), começaram a ter alta nesta semana. Com a redução da curva de Covid-19 em Fortaleza e no Interior, o hospital voltou a atender a necessidade da rede pública de reduzir a fila cirúrgica no Estado.
A primeira paciente a receber alta foi Maria de Fátima Rebouças, de 53 anos, natural de Limoeiro do Norte. Ela passou por uma colecistectomia (retirada da vesícula biliar), na última segunda-feira (19), e já pôde seguir para casa horas depois. Recuperada, Rebouças destacou que se sentiu aliviada. “Eu estava com pedra na vesícula há dois anos; descobri após passar muito mal e ir parar no hospital. Agora, estou muito bem, operei e, graças a Deus e à equipe médica, não vou sentir mais dor. Foi tudo muito bem organizado”, disse.
De acordo com o coordenador do bloco cirúrgico do Helv, Wlademir Roriz, nesta etapa serão retomadas as cirurgias de quatro especialidades: Cirurgia Geral, Otorrinolaringologia, Urologia e Ortopedia. A proposta é reduzir a fila de procedimentos eletivos.
Maria de Fátima Rebouças foi a primeira paciente da unidade a receber alta de cirurgia
“Com a diminuição dos casos da Covid-19, viu-se que é seguro retomar os procedimentos. Continuamos atuando nas mesmas especialidades que eram contempladas no primeiro momento (da queda de casos da pandemia) e a nossa perspectiva é de que, ao longo dos próximos meses, consigamos aumentar o número de procedimentos, beneficiando mais pacientes”, argumentou o cirurgião.
O fim da espera
Depois de alguns anos de espera, com três hérnias, José Adilton Nascimento, de 59 anos, finalmente conseguiu ser operado. Ansioso pelo procedimento de hernioplastia (correção de hérnia), o funcionário público de Palmácia recorda das dores que faziam parte de seu cotidiano desde que o problema foi diagnosticado, há 13 anos.
“Eu sofria muito com as dores, dava uma agonia de tão forte que eram, mas finalmente eu pude me operar e estou aliviado em saber que não vou mais sentir. Fico feliz com todo atendimento e cuidado que tive aqui”, avaliou.
Pacientes permanecem na unidade por um período mínimo seguro, recebendo alta hospitalar, geralmente, no primeiro dia pós-operatório, a depender do procedimento.
Diferentemente de Nascimento, Edimilson Pereira, de 59 anos, ficou tranquilo com o mesmo procedimento cirúrgico. Ele descobriu há pouco tempo a existência de uma hérnia e logo foi encaminhado para o tratamento.
“Fiquei muito tranquilo com a cirurgia e, graças a Deus, deu tudo certo. Eu sentia muito incômodo e coçava bastante. Agora vou ficar bem e logo vou para casa”, comemorou o agricultor de Ocara.
Cirurgias eletivas
As cirurgias iniciam às 7h e ocorrem até as 19h. Os pacientes permanecem na unidade por um período mínimo seguro, recebendo alta hospitalar, geralmente, no primeiro dia pós-operatório, a depender do procedimento.
Ainda segundo o cirurgião-geral, a unidade garante um internamento seguro para o paciente durante a sua estadia no hospital, seguindo todos os protocolos de segurança elaborados pela instituição.
“Inicialmente, nós estamos contatando os pacientes que já tinham sidos avaliados aqui no hospital e que aguardam cirurgia. O agendamento do procedimento ocorre após o rastreio negativo pra Covid-19 e, ao longo da permanência na unidade, o paciente segue um fluxo interno considerado limpo, não havendo contato com pacientes em tratamento para o coronavírus. Nós garantimos um internamento seguro para o paciente por toda a estadia dele no hospital”, detalhou.
Atualmente, o Helv soma 237 leitos; destes, 50 são Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19 e 30, leitos clínicos para a doença. Além disso, o hospital tem 64 acomodações médicas, 84 para pacientes cirúrgicos e nove vagas de UTI adulto.