Higienização das mãos é tema de ação nas áreas assistenciais

10 de junho de 2021 - 13:53 # # # # # # #

Assessoria de Comunicação do HGWA
Texto:
Bruno Brandão

 
Higienização das mãos é forte aliada no combate a infecções

Uma prática que já é habitual nos hospitais ganhou ainda mais relevância durante a pandemia de Covid-19. A simples ação de higienizar as mãos foi comprovada como uma grande aliada no combate a doenças infecciosas. E para reforçar esta medida, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), preparou uma semana exclusiva de atividades dedicada aos profissionais de saúde da linha de frente.

O cuidado na higienização, feita por meio de solução com álcool ou água e sabão, foi ilustrado em dinâmica com os trabalhadores, com uso de jogo de tabuleiro e caixa pedagógica — atividade que revela partes das mãos que não foram higienizadas da forma correta, utilizando tinta fosforescente.

O médico infectologista e coordenador do SCIH, Bráulio Matias de Carvalho, ressalta a necessidade de sempre reafirmar os cuidados. “A campanha é feita para relembrar nosso cuidado com o paciente, relembrar que a higiene de mãos é um ato de respeito ao paciente que zelamos. A gente sabe que estar dentro do hospital é extremamente arriscado; o paciente vem para resolver um problema e, se a gente não pensar em cuidar e prevenir, ele pode adquirir outro problema, já que a infecção hospitalar é uma das principais complicações de internamento”, explica. “A principal forma de prevenir é a higiene de mãos, já que as bactérias não voam, mas passam pelos locais por meio das mãos e de objetos. É um ato de atenção, respeito e amor”, continua Carvalho.

Cinco momentos para higiene

Durante as visitas da equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar são evidenciados os cinco momentos para higiene das mãos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): antes de contato com o paciente, antes da realização de procedimento, após risco de exposição a fluidos biológicos, após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao doente, mesmo que não tenha tocado nele.

No HGWA, as atividades incluíram dinâmica e um breve diálogo, passando pelas Enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além do espaço de convívio, onde acompanhantes de pacientes internados nas clínicas médicas, do eixo fora Covid, também puderam participar.


O cuidado na higienização, feita por meio de solução com álcool ou água e sabão, foi ilustrado em dinâmica com os trabalhadores, com uso de jogo de tabuleiro e caixa pedagógica

“Fizemos todo um planejamento com organização de atividades lúdicas, trabalhando a Andragogia (orientar adultos a aprender) com os profissionais de saúde, para que todos incorporem isso ao seu trabalho habitual. Também estamos fazendo um jogo lúdico, com perguntas e respostas, para que as pessoas memorizem cada passo. Estamos indo nas unidades assistenciais, in loco, para que os profissionais não precisem sair dos seus espaços”, pontua.

A técnica de enfermagem da UTI Rosimeiry Deolindo Ferro foi uma das participantes. Ela destaca a satisfação de ter compartilhado esse momento com os colegas. “Para mim, é de muita valia. Na prática, já realizamos esses protocolos, mas isso vem reforçar para que nenhum detalhe caia no esquecimento. O paciente é o maior beneficiado. Isso dá validade para o paciente e eficácia para nossa profissão. E essa forma dinâmica nos empolga em participar”, diz.

Álcool ou sabonete?

O uso do álcool nas diversas composições provoca algumas dúvidas, entre elas a substituição pelo uso da água e do sabonete líquido. O infectologista do HGWA explica que os dois casos podem ser usados na higienização, com algumas exceções. “A higienização pode ser feita de duas formas, com água e sabonete líquido ou com uma solução alcoólica para higiene de mãos, sejam em gel, líquido ou espuma”, indica.


No HGWA, as atividades incluíram dinâmica e um breve diálogo, passando pelas Enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)

“A água e sabão são obrigatórios quando se tem substância orgânica, onde as mãos estejam visivelmente sujas. Fora dessa situação, pode utilizar um ou outro que tem forma semelhante em termo de eficácia, evitando assim infecções hospitalares e respiratórias, entre elas a Covid-19, infecções intestinais, entre outras. É importante manter esse hábito não somente no hospital, mas em qualquer ambiente”, recomenda o médico.